Um filme de 1953 que tinha tudo para ser uma obra de grande qualidade (a partir do chamativo poster), maravilhosa até, bem ao estilo do mestre Alfred Hitchcock, mas que em razão de algumas derrapadas do roteiro ficou distante do nível que era esperado. O desenvolvimento é bem construído, os personagens são interessantes, a trama desperta a curiosidade e o mistério e o suspense são bem elaborados prendendo o espectador. Mas um detalhe ali, outro acolá, e o roteiro deixa a desejar quanto à harmonia e o próprio andamento fica insatisfatório. Uma pena e um desperdício. Realmente estão aqui todos os elementos que poderiam ser aproveitados por alguém com competência e feeling para realizar um trabalho muito acima da média. Mas, lamentavelmente isso não acontece, apesar de o diretor Andrew L. Stone ser premiado e ter experiências diversas e o filme acaba sendo apenas mediano ou bom. No elenco o interessante e correto Joseph Cotten, que trabalhou em muitos filmes importantes, apesar de não ser propriamente um jovem galã (O terceiro homem, A sombra de uma dúvida, Cidadão Kane, Duelo ao sol), a ótima e bela Jean Peters (Viva Zapata, Anjo do mal, Capitão de Castela) e o eclético Gary Merril, ator visto em dezenas de filmes da época (A malvada, Passos na noite, Testemunha do crime). 8,0
