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LIGADOS PELO AMOR (STUCK IN LOVE)

Embalado por sentimentos e por uma bela trilha sonora (canções jovens, uma ou outra evocando Dylan, Simon & Garfunkel…), este filme de 2012, do mesmo diretor de A culpa é das estrelas (Josh Boone), é daqueles tipo bobinhos, de relacionamentos jovens e com muitos clichês, algumas perdas mas predominando um mundo perto do ideal, de pessoas bonitas, com integridade, sonhos etc, cujo desenvolvimento e final não são difíceis de prever, dentro de seu esquema já conhecido dentro no gênero romântico, de funcionar como uma espécie de conto de fadas. O mérito desses filmes, falando como regra geral, é que divertem e emocionam, porque sabem dosar os ingredientes na medida certa para enredar o espectador e neles vemos “tudo o que gostaríamos de ver”: justamente como os fatos aconteceriam no referido mundo ideal. Entretanto, este é um filme muito bem cuidado e que tem detalhes que o fazem escapar do lugar comum, sair da média dos de mesma espécie e se tornar um divertimento de bom gosto, interessante, inteligente, com temáticas oportunas (inclusive de contexto familiar) e emocionar sem ser piegas e sem que o espectador se sinta chantageado emocionalmente. Esses detalhes que o diferenciam dos comuns são a competência do diretor, a trilha sonora e principalmente a qualidade do elenco, todo ele muito afinado, talentoso, realmente harmônico. Embora todos atuem muito bem, o triângulo da história, dramaticamente falando, está centralizado no pai escritor (consagrado), na filha escritora (noviça) e na mãe que já vive em outro relacionamento – secundariamente, o outro filho também é escritor iniciante e são muito importantes também no filme os relacionamentos da filha e desse filho, inclusive com os efeitos da separação dos pais. O pai é interpretado por Greg Kinnear, a filha por Lily Collins – um dos grandes talentos da nova geração de atrizes (O mínimo para viver, Okja, Tolkien, Simplesmente acontece) – e a mãe pela bela e também ótima atriz, Jennifer Connely (Réquiem para um sonho, Uma mente brilhante). Uma boa diversão, com momentos tocantes e outros que fazem rir, conduzida com leveza e com potencial para agradar a todas as idades. 8,5