Este é um dos filmes mais famosos do cinema noir. Feito em 1944 e do gênero suspense-policial. Entretanto, por mim não seria tão famoso assim, embora minha opinião navegue contra a grande correnteza da crítica. Ele tem virtudes (inclusive é muito interessante até certas alturas), mas também tem graves defeitos e que a meu ver o comprometem. As virtudes são a bela forma e alguns de seus elementos: as imagens, de um preto e branco com as características do noir, a direção de arte, a música-tema marcante e de uma estranha eloquência; os elementos, são os ingredientes típicos desse gênero, como assassinato, mistério, detetive e investigação, a femme fatale, suspeitos, intriga, rivalidade, ritmo ágil, tudo isso aqui presente. Os defeitos são a parte final do filme, na minha opinião muito mal articulada e pobre e um dos personagens, que achei extremamente caricato. No frigir dos ovos, um bom filme, mas nada memorável ou com méritos para se juntar aos campeões. O diretor foi o austríaco Otto Preminger, que assinaria depois várias ótimas obras, como Inferno número 17 e Anatomia de um crime. O elenco tem Gene Tierney (ela), Dana Andrews (ele, do faroeste Consciências mortas), Clifton Webb e Vincent Price (bem diferente dos papéis em que estamos acostumados a vê-lo nos filmes de terror). 7,7
