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(RELÍQUIA MACABRA – O FALCÃO MALTÊS)

Um filme de 1941, cujo título melhor seria o original, ou seja, “O falcão maltês”, sem comentários para o que foi colocado pelas “mentes brilhantes comerciais” da época. Mas é um filme na minha opinião superestimado. Pois foi indicado a vários Oscar e às vezes é citado como um dos grandes do cinema noir e não vejo tanto merecimento. É um bom filme, tem ótima direção (John Huston), boa atuação do elenco (Peter Lorre inclusive), Humphrey Bogart já começava a consagrar o tipo de detetive que faria maravilhosamente bem anos mais tarde em “The big sleep”, um roteiro com certo dinamismo. Mas não apresenta uma história totalmente desenvolta e atraente, não tem a “femme fatale” (a atriz Mary Astor fica muito longe disso), o próprio Humphrey não é um Philip Marlowe e as ações dos personagens são cheias de idas e vindas sem muito sentido ou sem a devida emoção. Comparando com “À beira do abismo”, por exemplo, é um filme pobre. Comparando com outros do mesmo gênero, pode ser tido como um filme dentro da média. Um razoável passatempo. E nada mais do que isso. O roteiro foi baseado em texto de Dashiell Hammett, o pai do romance policial americano (inclusive o noir). Esse fato foi muito importante para a época, na qual possivelmente os efeitos de um filme como esse eram bem diferentes. Mas um filme clássico é aquele que tem seu encanto preservado com o tempo, como um “Casablanca”, por exemplo. Este filme ganhou fama a mais também por conta dos críticos, provavelmente. De qualquer forma, a presente opinião parece destoar da grande maioria deles e também da nota 8 no IMDb (banco de dados com opiniões populares sobre os filmes). 7,6