Um filme inglês de 2018, com um grande elenco e ambiente limitadíssimo, de modo que até poderia ser apresentado como peça teatral. Trata o roteiro de uma comemoração pelo novo cargo da anfitriã (com aspirações políticas e assumindo prestigiosa posição), que reúne amigos bem heterogêneos em seu apartamento em Londres, havendo a partir daí desdobramentos inesperados. Cada personagem reúne características, muito pessoais e peculiares, algumas bem marcantes, com visão de vida, comportamento e problemas individuais específicos. A diversidade dos tipos e o “entrechoque” cultural e de relação afetivas propiciam muita diversão, com ironia, reflexão e dramaticidade, em um roteiro bem contruído e bastante rico. A direção é segura de Sally Potter (Orlando, a mulher imortal, Porque choram os homens) e as performances excelentes, lideradas pela sempre maravilhosa Kristin Scott Thomas, muito bem acompanhada no talento por Patrícia Clarkson e Bruno Ganz, além de estarem também ótimos Cillian Murphy e Emily Mortimer. Só achei menos intenso do que o normal o excelente Tomothy Spall, meio caricato em seu personagem. A cena final pareceu de início desnecessária, mas seu desenrolar e principalmente seu fecho justificam sua existência e dá ao filme o encerramento que parece perfeito. O filme foi selecionado para competir pelo Urso de Ouro, no 67º Festival de Berlim e recebeu o Guild Film Prize. Foi recentemente exibido no canal Film & Arts. 8,8
