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2001 UMA ODISSEIA NO ESPAÇO

2001-uma-odisseia-no-espacoEssencial dizer que este marcante e histórico filme de Stanley Kubrick foi feito em 1968, em plena corrida espacial, portanto um ano antes de o homem pisar na lua. Um grande mérito seu, reside nos temas que invoca, envolvendo o homem e o computador (inteligência artificial) e vida inteligente anterior ao homem (extraterrestre) e quem sabe até responsável pela própria evolução e renascimento humanos. Essa temática, porém, não é posta sem a grandiosidade das imagens (do espaço, dos módulos etc.) e principalmente das músicas, que em conjunto com a imagem formam uma harmonia pouco vista no cinema, pelo menos até então, sendo esse também um grande mérito do filme. Direção de arte e fotografia impecáveis, o andamento, lento, e a escassez de diálogos, certamente convidam mais à reflexão do que ao entendimento… A música Danúbio Azul tem acentuada sua beleza com o insólito do visual a que é vinculada e Assim falou Zaratustra (música também de Strauss, com o mesmo nome do livro de Nietzsche) ressoa com impressionante grandiosidade, inclusive porque intimamente ligada aos fatos (Darwin puro…). O final é lindíssimo, embora eu confesse que agora, adulto, continuei com grandes dúvidas quanto à interpretação dos últimos 15 minutos, lembrando que na época (em que vi o filme, na juventude) para saná-las tive que ler o livro. Aliás, a grande curiosidade aqui é que o livro, de Arthur
C. Clark, foi sendo escrito à medida em que o filme foi sendo feito, com Arthur sendo co-autor do roteiro e Kubrick também ajudando na confecção da história do livro (embora não conste seu nome, por recusa pessoal). Ao que consta, o nome do computador HAL faz uma referência indireta à IBM, sendo que cada uma das três letras do nome HAL precede justamente as três letras do nome da gigante dos computadores. Recomendado ver em blue-ray, pois além de seu pioneirismo, sua qualidade já em 1968 elevou-a ao patamar de uma das obras-primas do Cinema. 8,5