Um filme de detetive dos anos 50 (1951) – inclusive com aquelas delegacias de polícia bem típicas da época – e que reúne pela quinta vez a dupla Gene Tierney e Dana Andrews, que antes atuou em Tobacco Road (1941), Belle Star (1941), no famosíssimo Laura (1944) e em The iron curtain (1948). Interessante é que, apesar do que nomes próprios sugerem, Gene é a atriz e Dana o ator, ela tendo, entre outros, participado também dos sucessos O diabo disse não, O fio da navalha, Amar foi minha ruína); e ele, de mais conhecido fora Laura, do sucesso Os melhores anos de nossas vidas. Aqui se trata de um melodrama com muito clima, bons cenários e ótima fotografia, um noir na verdade, dirigido pelo “espartano” Otto Preminger (Laura, Anatomia de um crime, Bom dia, tristeza, Passos na noite, O rio das almas perdidas, Whirlpool). Também há a participação de Karl Malden e a ótima atuação, como bandido, do ator Gary Merrill. A história envolve um tira durão, com conflitos a partir da chefia, mas também dilemas morais e éticos, que agregarão na mesma pessoa vítima e carrasco e impulsionarão o filme, mantendo o interesse do espectador em todos os movimentos, tentando adivinhar o desenlace. História interessante e para alguns críticos até memorável, com uma apresentação inicial (com detalhes originais dos letreiros) curiosa e muito original. 8,4
