Quando Al Pacino está n o melhor da forma, o filme pertence a ele. Dá a impressão até de que não precisa mais ninguém. Mas nesse caso atua com ele um grande elenco: Christopher Plummer, Jennifer Garner, Bobby Cannavale e a sempre charmosa e encantadora Annette Bening (em qualquer idade). De todo modo, Al sabe nos cativar de tal forma, que nos pegamos torcendo por ele, angustiados em algumas cenas e ansiosos para que tudo acabe bem. E quando o roteiro e a direção se entendem, as coisas fluem belamente. Uma comédia dramática, mas também muito divertida, sentimental, que fala de família, de união, de amor e que nos leva a fazer reflexões sobre a vida. A cena no início, da carta, com Al e Plummer (“Imagine” tocando ao fundo) já nos dá a certeza de que estamos diante de um filme de qualidade. A cena do bar e do novo show, mais para o final, retrata uma dura e melancólica realidade dos grandes artistas, que ficam escravos de sua arte e dos seus sucessos. E assim o filme nos passa várias mensagens: sempre é tempo mudar, até de reformular totalmente a vida! Mas nem sempre basta querer, nem sempre é fácil. O desapego é tão belo quanto importante e difícil! A solidão é sempre o pior caminho; a compaixão é o melhor. E vale a pena esperar as legendas finais para se saber em que medida o filme foi construído a partir de um fato real. 8,4
