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IMPÉRIO DA LUZ (EMPIRE OF THE LIGHT)

Uma história que se passa na costa sul da Inglaterra na década de 1980, com ingredientes simples e que vai lentamente sendo construída, com cenas belas, interessantes e argumentos que nos sensibilizam aos poucos. Nada excepcional, um drama envolvendo pessoas e que pouco a pouco vai tecendo seu enredo e nos amarrando de forma indissolúvel. Vamos percebendo questões importantes sendo tratadas (como do racismo, por exemplo) e a homenagem ao cinema vai tomando corpo e nos reserva belos momentos, inclusive em certo momento evocando e homenageando o maravilhoso Muito além de jardim e o inesquecível Peter Sellers, com sua imorredoura filosofia de vida na inesperada e insólita cena final. Quando percebemos, estamos envolvidos nos fatos e nas vidas e dilemas dos personagens, totalmente cativados pelo roteiro e principalmente inebriados com a interpretação fabulosa da maravilhosa Olívia Colman. No elenco, diga-se, também o experiente e carismático Colin Firth. O diretor Sam Mendes (Beleza americana, Skyfall, 1917), do alto de sua experiência cinematográfica, sabe muito bem conectar os pontos, a ponto de nos envolver, nos emocionar e nos propiciar um qualificado filme, com um final também simplesmente belíssimo! Uma experiência envolvente e que na construção dos detalhes revela a sensibilidade da obra e também de seu diretor, que tem a seu serviço uma das melhores atrizes do cinema e uma história sem maiores rebuscamentos, mas que trata de pessoas, de relacionamentos e da vida, com cores bastante reais, sendo tudo ainda emoldurado pela mágica inesgotável do cinema. 8,9