Imprimir Shortlink

O ASSASSINO EM MIM (KILLER INSIDE ME)

Em primeiro lugar: este é um filme violentíssimo, com cenas proibidas para menores, que não traz nada de positivo para a vida cotidiana das pessoas, valendo apenas como obra artística: porque a vida é repleta de dramas, mortes, assassinatos, pessoas doentias que ameaçam os semelhantes e uma das funções da arte é expor esses fatos e essas pessoas. No caso, acaba sendo o estudo de um psicopata e dizem que o filme criou repulsa até no Festival de Sundance, normalmente bastante liberal (em 2010). Portanto, é um filme que não faz concessão alguma à sensibilidade do espectador (com cenas fortes de sadismo inclusive!), sendo efetivamente recomendado para quem gosta de obras pesadas e tem estômago para apreciar com os olhos adequados os acontecimentos policiais que habilmente são mostrados e muito bem interpretados por um ótimo elenco, integrado entre outros por Casey Affleck, Jéssica Alba, Kate Hudson, Ned Beatty, Elias Koteas, Tom Bower, Simon Baker e Bill Pullman. Mas é um roteiro interessante e bem elaborado, porque além de denso é imprevisível, mantendo um constante suspense e o filme apresenta uma inesperada, bela e variada trilha sonora (Mahler, Irving Berlin, Strauss etc), incluindo a tocante Una furtiva lagrima, da ópera L´elisir d´amore, de Donizetti (1832). Não é um filme de fácil digestão, mas quem o apreciar ficará grudado na tela até o fim, impactado com as ações (e a performance) de Lou Ford -aparentemente um pacato cidadão-, surpreso com um fato ou outro e na expectativa sobre a que fim todo o enredo levará. 8,5