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A PISCINA

Este filme francês (co-italino), de bela fotografia, feito em 1969 e dirigido por Jacques Deray (Borsalino) traz uma dupla que foi exaltada pelo cinema e ficou na história da sétima arte por sua beleza física. Ele, Alain Delon, ela, Romy Schneider, que treze anos antes havia imortalizado a imperatriz Sissi. O casal, realmente belíssimo, exala força e juventude e protagoniza uma ou outra cena erótica em meio à paisagem idílica do sul da França, embora a temática do filme seja bem diversa, conforme aos poucos vai sendo revelado – embora o clima de tensão erotica predomine ao longe do filme.  O roteiro faz um estudo interessante dos personagens (a partir da chegada do amigo e da filha) e provoca alguns bons questionamentos envolvendo relacionamento aberto, limites, fidelidade, ciúmes…Até onde a liberdade será coerente com a natureza humana? O problema, entretanto, é muitas vezes de ritmo, excessivamente morno, algumas cenas arrastadas ou desnecessárias (muitas para mostrar a beleza plástica do vaidoso galã) e também um pouco de interpretação, uma vez que Romy é ótima atriz, assim como também é bom ator Maurice Ronet, mas não se pode dizer o mesmo de Alain Delon e de Jane Birkin, quase irreconhecível em sua juventude e noviciado (muito bela e com seus 22 anos, embora interprete uma moça de 18). No todo, um filme bom, mas que poderia ser bem melhor se mais bem aproveitado em seus elementos básicos. Houve uma refilmagem em 2015, com Ralph Fiennes, com o título de A bigger splash (A piscina – um mergulho no passado).   7,8