Este é um filme de 2014 estilo “romântico-tolinho”, mas elaborado com os ingredientes exatos – já conhecidos e reprisados por quem faz cinema – para agradar. Inclusive com o tipo de galã do mocinho interpretado por Michael Stahl-David (Cloverfield – Monstro). Esses elementos são os estereótipos que provocam a memória e as emoções, inclusive acentuadas pela trilha sonora, que pontifica em momentos adequados. Mas não basta ser romântico para gostar dele, porque existe aqui um toque adicional de ficção, no gênero fantasia. Quem não está familiarizado com o termo entenderá assistindo ao filme. Mas já se pode dizer que “fantasia” significa algo fora da realidade, uma coisa que é impossível mas na qual a gente acredita para que tudo tenha graça e faça sentido. O que não é difícil para pessoas românticas. Aliás, a fantasia está presente nos mais variados tipos de filme, inclusive os de ação, onde fatos inverossímeis ocorrem com frequência e o espectador os absorve de forma totalmente natural, como fazendo parte integrante do enredo. Tudo, então, fica saboroso e desperta muitas emoções. Este filme é assim e vai agradando aos poucos, na medida em que constrói sua trama e evoca nossa sensibilidade. A atriz Zoe Kazan (Ruby Sparks, A balada de Buster Scruggs) é doce como o filme, que, leve e envolvente, acaba divertindo e cativando. 8,5
