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UM GRITO DE HORROR (THE HOWLING)

No mesmo ano de produção de Um lobisomem americano em Londres (1981), este filme também fez sucesso e tudo isso deve-se ao roteiro, com muito suspense, e também aos efeitos especiais de transformação. O mito é explorado, o médico inclusive explica na televisão o que é licantropia (perturbação mental pela qual o paciente acredita que se transforma em lobo) e o filme tem a virtude de  começar como um thriller policial, envolvendo repórteres de TV e a caça a um serial killer, para somente depois explorar seu tema principal. A história se desenvolve bem e com boa tensão, muito boas a trilha sonora e a direção. A atuação do elenco, porém, tem seus senões, com uma ou outra cena de dramaticidade (a própria protagonista é ruinzinha). Mas a história, carregada de tensão e mistério, acaba se encarregando de compensar as fraquezas e traz condições bastante adequadas para o suspense se desenvolver (floresta com neblina etc). Há uma ou outra cena, porém, que conta com uma certa carga de humor, como se fosse sempre necessário em filmes desse tipo um “alívio cômico”. Interessante em uma cena os personagens estarem vendo na TV o famoso filme de 1941 (The Wolf Man), bem como a certa dose de erotismo presente, diferentemente do que ocorre na maioria dos filmes do gênero. E a parte final traz fatos originais em relação à grande maioria dos filmes de lobisomem. Nessa parte do filme, porém, antes do desfecho, há fatos inverossímeis e que enfraquecem a história, como o fato vital de que monstros formidáveis não possuem força para romper simples estruturas de madeira de um galpão…Entretanto, o fechamento do filme não deixa de ser bem elaborado, sendo tanto a penúltima, como a última cena, uma boa solução (ou prelúdio) para o contexto todo.  8,2