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O VAMPIRO DA NOITE (HORROR OF DRACULA)

Para os fãs do cinema, falar em Drácula implica imediatamente falar de Christopher Lee, considerado o melhor intérprete do rei dos vampiros da história, tendo protagonizado diversos filmes desse mitológico personagem, basicamente na década de 60. Este filme, de 1958, foi o primeiro em que Lee aparece no papel, tendo sido produzido pela mesma companhia de cinema que iria fazer muitos outros, invariavelmente do gênero suspense-terror: a Hammer Film.  Não só por ser o primeiro filme de Drácula feito após aquele de 1931 estrelado por Bela Lugosi, mas também por ter a forte presença de Peter Cushing -o eterno Val Hensing, médico caçador de vampiros- e todos os elementos vitais vinculados à lenda do príncipe da Transilvânia, esta produção é considerada por muitos simplesmente um clássico. O real precursor do gênero. Vemos aqui todos os símbolos temidos pelos vampiros (cruz, alho, a luz do dia…), além de outros que reforçam o mito, como a mordida no pescoço, a estaca, o caixão com a terra do país natal etc, sendo o primeiro filme que misturou o suspense, o terror e a fantasia, com a sensualidade que cerca a figura do vampiro, apoiada e valorizada com ênfase pela presença magnética e insubstituível de Lee e pela trilha sonora, poderosa principalmente nos momentos em que o vampiro ataca suas vítimas indefesas. O segundo filme de Drácula com Christopher Lee viria em 1966 (Drácula, o príncipe das trevas), mas Peter Cushing em 1960 participaria de As noivas de Drácula, realizado em razão do sucesso de seu antecessor. O diretor foi Terence Fischer (que entre vários filmes de suspense e terror, dirigiu muitos envolvendo vampiros, Frankestein, múmia, Górgona, monstros etc) e, de fato, esta obra pode, mesmo nos dias de hoje, ser apreciada como uma síntese de todos os filmes de vampiro que viriam depois, apesar dos escassos recursos da época.  8,6