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UMA MENTE BRILHANTE (A BEAUTIFUL MIND)

Este filme ganhou o Oscar em 2002 e alguns acharam que outro mereceria mais, ou Moulin Rouge ou O senhor dos anéis. Páreo duro, gêneros bem diferentes, mas de modo algum se pode dizer que este aqui não mereceu o prêmio. Questão de gosto apenas, porque qualidade os três filmes possuem. Aqui, um drama, com toques de outros gêneros e que surpreenderá quem não conhece o enredo ou não lembra dele: assistir ao filme e ir assimilando a história à medida em que ela se desenvolve será uma bela experiência. Fascinante, interessante e bastante emocionante, principalmente na parte final do filme. Nada de spoiler, o fato é que o filme, a exemplo do seu título, é brilhante. E muitíssimo bem dirigido por Ron Howard (Código da Vinci, Rush, Apolo 13, Frost/Nixon), que também ganhou o Oscar 2002 como Melhor diretor. Fora isso, o filme também ganhou o Oscar de Roteiro adaptado e de Atriz Coadjuvante, concedido a quem na verdade não foi coadjuvante de ninguém e sim protagonista (mas a Academia sempre arranja um jeito de acomodar as coisas…): Jennifer Connelly, na época com 31 anos, mas com uma maturidade dramática elogiável. Quem não ganhou o Oscar surpreendentemente foi o maior “brilho” do filme: Russell Crowe, em uma das grandes das várias injustiças que Hollywood fez ao longo do tempo com muita gente. Ele é o corpo e a alma do filme e embora Denzel Washington seja também um grande ator, não há como comparar a atuação de Crowe aqui, que foi histórica no cinema, com a de Denzel em Dia de treinamento. De todo modo, um belo e tocante trabalho cinematográfico, que nos envolve da primeira à última cena e que ainda tem várias presenças marcantes no elenco, como Ed Harris e Christopher Plummer. Um spoiler para finalizar: o filme toma muitas liberdades na adaptação até do próprio romance em que o roteiro se baseou, mas destaca e homenageia um personagem da vida real, cuja importância ficamos realmente sabendo no final, inclusive sobre o honroso prêmio que recebeu. 9,2