Um filme de 1951, dirigido por Vincente Minnelli (pai da Liza) e premiado com o Oscar de Melhor filme, que ainda hoje conserva alguns de seus encantos, basicamente o belíssimo visual (fotografia, cores, figurino) e algumas coreografias, todas criadas pelo inigualável talento de Gene Kelly, que além de dançar -um “monstro”- também protagoniza o filme, com seu carisma e simpatia, tudo bem sincronizado com a excelente trilha sonora, com vários compositores envolvidos, entre eles Ira Gershwin. Por sua qualidade artística, merecidamente ganhou os Oscars de Melhor fotografia em cores, Direção de arte em cores, Figurino e Trilha sonora. Mas não é um filme perfeito, há algumas cenas cansativas, falta motivação na narrativa e creio que hoje não teria chances de ganhar o Oscar principal, até porque a história não tem nada de mais, é básica e simples e o filme não cria momentos interessantes, que empolguem o espectador. Apesar disso, certamente fez muito furor na época, Minelli concorreu ao Oscar de Melhor diretor e o filme, além do Oscar principal, ganhou também o de Melhor roteiro. e concorreu ainda ao de Melhor edição. Ou seja, foi indicado em 8 categorias e ganhou em 6, no Oscar de 1952. As duas atrizes principais são Nina Foch e Leslie Caron, esta última uma excelente bailarina, mas sem qualquer tipo de charme especial no papel. Conforme dito, o filme mantém suas virtudes visuais e de alguns números musicais, mas não se aproxima de outros do gênero que foram feitos posteriormente, ficando a anos-luz de um Cantando na chuva, por exemplo. 7,8
