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OLHANDO A MORTE DE FRENTE (ROCKY MOUNTAIN)

Um faroeste de 1950, com um título ridículo em português (naquele tempo já havia esses incompetentes), interpretado pelo aclamado Errol Flynn e dirigido por William Keighley. Fato inédito foi o de tanto o ator, quanto o diretor (que já havia dirigido Flynn em vários filmes, inclusive no famoso Robin Hood de 1938) incursionarem no gênero western. Mas é um bom filme, cuja introdução à história também é insólita, com o automóvel parando ao lado da placa, que identifica o local (Rocky Mountain ou Montanha Fantasma) e resume os fatos que serão mostrados: um grupo de 8 soldados confederados (Sul), encarregados de, sob as ordens do General Lee, percorrer a Califórnia em busca de determinado contato, com o objetivo de tentar mudar os destinos da guerra, que àquelas alturas já se encaminhava para o final. A Guerra Civil Americana (ou Guerra da Secessão) terminou no início de abril de 1865 e os fatos narrados pelo filme ocorreram quase no final de março! E, como se sabe, os vencedores foram os Yankees (Norte). E entramos na aventura, que tem diligência, índios, muitos tiros, ação, perseguições/cavalgadas e algum romance no ar. Porém de mais significativo no enredo, mais do que a estratégia utilizada pelo grupo com os índios ou qualquer outro fato, é o realismo da cena no desfiladeiro e a reação, a seguir, do comando da tropa dos soldados do Norte. Algo que pertence aos americanos e à história, mas que não deixa de ser verdadeiramente comovente e significativo. A trilha sonora é do austríaco Max Steiner, autor de centenas de temas para filmes americanos, entre as décadas de 30 e de 60. 8,3