PERDIDO EM UMA MONTANHA NO MAINE (LOST ON A MOUNTAIN IN MAINE)

Não vou dar spoiler sobre o final, mas a única forma de preservar o suspense para quem vai assistir ao filme, é não procurar qualquer informação sobre os fatos, porque a história é real e ocorrida no Maine em 1939, época de início da Segunda Guerra Mundial e na qual os Estados Unidos, ainda neutros, enfrentavam fortes crises sociais. Portanto, qualquer “google” estragará tudo. O Maine é o Estado americano que fica em seu limite nordeste, na região da Nova Inglaterra e fazendo fronteiras com o Canadá: a maior parte de seu território frio é coberta por florestas, principalmente pinheiros. O roteiro baseou-se em obra literária, porém o filme foi feito nas Catskills – montanhas localizadas no estado de Nova York e pertencentes aos Montes Apalaches – e não em Katahdin, a montanha mais alta do Maine (1.600 metros) e onde os acontecimentos se deram. Em razão desse fato, colhem-se vários relatos de descontentamento por parte da população do Maine, sob o argumento de falta de autenticidade e de que nada visualmente se compara com o Mount Katahdin, que também é famoso por ser o ponto final de uma longa trilha que começa no estado da Geórgia. Seja como for, é um interessante drama de aventuras, nada excepcional ou tão arrebatador assim, mas bem produzido e interpretado, com cenas bem feitas, além de contar uma história real e com emoções que vão além dos fatos nas montanhas, mas que envolvem laços familiares conflitantes e que o filme explora bem, servindo de lastro para toda a narrativa. Por isso uma boa diversão e que pode, sob certo ângulo, ser até inspiradora. 8,7

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