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O AMANTE DUPLO (L`AMANT DOUBLE)

Uma recente produção Prime, cinema francês daquele com marcante estilo psicológico, denso, compassado, de ir se percebendo aos poucos os significados, mas com mistérios a serem resolvidos e o manejo do prazer da descoberta. Um filme de lento andamento, ora complexo, ora prolixo e com cenas intensas também das desaconselháveis para menores. O filme navega por um suspense permanente e  momentos de tensão, às vezes sendo confuso sobre se tudo o que vemos é a realidade ou a imaginação. O ator Jérémie Renier se desdobra no desempenho e a atriz Marine Vacth, muito bonita e atraente, embora em algumas cenas deixe dúvidas sobre o seu talento dramático, em outras demonstra perfeita coerência com a personagem e que efetivamente é uma ótima atriz. Jacqueline Bisset, que participa da parte final do filme com um papel extremamente importante, comprova a razão de ser uma atriz veterana das mais consagradas do cinema francês. E justamente nessa porção final, o filme assume momentos intensos e e que supostamente esclarecerão todos os pontos misteriosos. Porém, nessa parte do filme sentimos alguma desarmonia no desenvolvimento e nas próprias soluções, algumas das quais transformam o enredo em um verdadeiro filme de horror. De todo modo, um filme diferente (embora lento) e instigante e que mantém o interesse até o seu final, que guarda ainda uma pequena surpresa de impacto. Direção do renomado François Ozon (Dentro da casa, Jovem e bela, Frantz, Swimming pool). 8,6