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AS AVENTURAS DE TINTIM

Esta obra foi produzida por Peter Jackson (“O senhor dos anéis”) e dirigida por Steven Spielberg, o que já é garantia de qualidade, inclusive visual. Pode ser que com ela inclusive surjam novos fãs do personagem Tintim, criado em 1929 (sem esquecer do cãozinho Milou – in French – ou Snowy).  Trata-se de uma animação digital – com captura de movimentos semelhante a Avatar, criando os efeitos 3D. E é um deleite para os sentidos, visualmente maravilhosa, eletrizante, com aventura, mistério e ação, como os livros do personagem, criado pelo desenhista e ilustrador belga conhecido como Hergé, o “Walt Disney da Europa”. Spielberg em 1983 comprou da viúva todos os direitos sobre ele, porque essa era também a vontade de Hergé, que era fã de Spielberg e achava que só esse cineasta poderia em uma obra cinematográfica fazer justiça a Tintim. E fez. Porque Steven Spielberg virou fã de Hergé (como todos os realizadores deste filme), é perfeccionista também e homenageou o criador do personagem cuidando com carinho de todos os detalhes. Até os cenários são tratados milimetricamente, como Hergé o fazia nos seus álbuns, que com seus diversos personagens (e desenhos meticulosos) espalharam-se pelo mundo afora, traduzidos em mais de 40 línguas. Hergé teria certamente aprovado a obra de Spielberg e vibrado com ela. Com cenas belíssimas e poderosas (e que nos iludem muitas vezes, como se estivéssemos diante de um filme e não de um desenho) e algumas sequências de ação de tirar o fôlego  –  como a maravilhosa perseguição no Marrocos  -, trata-se de um brilhante trabalho: para fãs de animação e do gênero ação/aventuras é nota máxima. Para quem não é tão fã do gênero, mas certamente tira o chapéu para avanços tecnológicos tão maravilhosos e obras feitas com tanto capricho, competência e carinho, a nota é menor, mas de modo algum desrespeitosa.   8,5