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A CARTA DE AMOR – A CARTA ANÔNIMA (THE LOVE LETTER)

Este filme foi produzido em 1998, especialmente para a TV (Hallmark) e ganhou o primeiro prêmio dos roteiristas para a categoria televisiva. De fato é uma história muito bem construída, interessante, com ótimos personagens e diálogos atraentes e que emociona em vários momentos e às vezes intensamente o espectador. Spoiler a seguir: desde que quem assista se deixe levar pela fantasia do roteiro (conexão de duas pessoas através do tempo), é realmente algo divertido, com ação, romance e grandes emoções pontuais, principalmente na parte final. Tem uma direção segura de Dan Curtis e uma ótima interpretação de todos do elenco, principalmente do trio central: Campbell Scott, Jennifer Jason Leight e Daphne Ashbrook (ótima). Por meio de cartas, os dois personagens principais acabam em contato intertemporal, ele noivo quase no ano 2000 e ela compelida pelo pai e pela época a noivar com quem não deseja, no ano de 1863, sendo ela uma moça avançada para a época e autora de poemas. Ambos vivendo próximos em Boston, mas cada um no seu tempo e realidade, ela na época da guerra da secessão, onde aconteceu, não muito longe dali, a famosa batalha de Gettysburg (na Pensilvânia). O filme encanta com a sua delicadeza e com a verdade que passa, dos sentimentos e da procura legítima pelo amor e pela felicidade. Pessoas mais sensíveis, sonhadoras e românticas, ainda mais os que apreciam fantasias envolvendo conexões de tempo e espaço, vão certamente gostar muito do filme. Talvez até revê-lo mais de uma vez. Lembra vagamente A casa do lago, um filme com tema parecido, com Keanu Reaves e Sandra Bullock, mas é muito melhor e inclusive superior à média de filmes feitos para a TV com temáticas semelhantes.  9,0