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TERCEIRA PESSOA

Não é um filme fácil de digerir, tanto que tem despertado as mais variadas críticas, havendo desde comentários entusiasmados, até críticas severas (a cotação varia de 1 a 4 estrelas). Os críticos na verdade concentram sua artilharia não na profundidade do filme, muito pelo contrário: acusam-no de vazio, de utilizar recursos e personagens sem uma finalidade bem concebida ou definida etc. e tal. Não é a minha opinião. As tramas que se passam em três metrópoles diferentes (Roma, Paris e Nova York), vão se sucedendo e se alternando, criando bastante mistério e deixando o espectador intrigado, não só com os fatos que ocorrem, como ao tentar antecipar/antever o que vai acontecer e como eventualmente as tramas vão se entrelaçar (as famosas histórias “entrecruzadas”). O ritmo é muito bom pelo trabalho de edição (talvez a própria edição impeça alguns aprofundamentos…mas desnecessários a meu ver), achei a direção muito boa e o elenco é excelente, com belas atuações de Liam Neeson, Kim Bassinger, Olívia Wilde e Adrien Brody. Não gosto muito do ator James Franco e Mila Kunis não me diz nada, mas não creio que comprometam o filme, com certos críticos apontam. Também não penso que Olívia seja só uma atriz bonita: vejo-a como muito talentosa também. E tampouco acho que tudo foi construído para nada. Gostei do roteiro e achei certas partes do filme muito interessantes e algumas até desconcertantes, embora uma ou outra cena pudesse ser dispensada. A parte final do filme pode causar uma grande surpresa e intensas emoções (principalmente por quem se limita a ir desfrutando e esperando as surpresas acontecerem, sem tentar adivinhar…). O diretor Paul Haggis é o mesmo que ganhou um Oscar com seu polêmico Crash – no limite8,5