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PODRES DE RICOS (CRAZY RICH ASIANS)

Esta é uma comédia romântica de ritmo perfeito, muito colorido, alegria, músicas, juventude, costumes ocidentais e orientais em exibição e conflito, com direção e elenco afinado e um estilo que vai entreter jovens e adultos, muito parecido com filmes como Quatro casamentos e um funeral, só que com as vestes da modernidade. Tanto do som, da música, das cores e dos costumes, quanto da comparação do mundo ocidental com o oriental em ascensão, o que faz desfilarem na tela imagens belíssimas da ostentação dos ricos e poderosos de Singapura, simbolizando o crescimento do poder sócio-econômico da Ásia sobre a América e o resto do mundo. Os costumes, aliás, são amiúde objeto de cenas e situações dramáticas, no fundo aparecendo as intenções legítimas e inocentes do par romântico central, em torno do qual gravitam interesses altamente relevantes. É um estilo de filme para deixar o espectador alegre, leve e um pouco emocionado com algumas cenas. Uma delas, belíssima, é a do casamento, pelo conjunto da linda música tocada ao violão (Can´t help falling in love, por Kina Grannis) e das imagens, inclusive inesperadas da cerimônia. A cena final é um deslumbre e confirma a pujança do Oriente moderno, embora o filme deixe claro que acima disso tudo estão os valores do coração. Um filme que vai do bobinho (inclusive as primeiras cenas da amiga asiática são ridículas) e do banal até uma realidade inegável e que cresce bastante do meio para o final, consistindo em ótima diversão, a tal ponto de ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Musical ou Comédia. O elenco – basicamente composto por asiáticos –  é muito bom, com destaque para a atriz Constance Wu. 8,0