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MEU PECADO FOI NASCER (BAND OF ANGELS)

Um drama com aventura e romance, que se passa em Nova Orleans e regiões próximas na época da guerra civil americana, enfocando a realidade do sul, principalmente envolvendo os escravos, que eram mais ou menos explorados (conforme seus “donos”) e vendidos em leilão. O filme foi produzido em 1957 e o galã de E o vento levou, Clark Gable já era quase sessentão na época, mesmo assim sendo o protagonista ao lado da ótima atriz Yvonne De Carlo, que sete anos depois ficaria ainda mais conhecida com a série Os monstros. Sidney Poitier está ótimo no papel de escravo, aqui mais ou menos no início de sua carreira (tinha 30 anos quando fez este filme e a partir dele consolidou sua carreira dali para frente). O diretor é Raoul Walsh (O nascimento de uma nação, O ladrão de Bagdá, Bando de renegados, Sua única saída), competente na coordenação das ações, valorizadas pela mais uma vez destacada trilha sonora de Max Steiner. Entretanto, o filme sofre alguns problemas de harmonia no roteiro, principalmente na sua primeira parte, tendo alguns momentos ótimos e outros sem expressão ou até desnecessários. A verdade é que à medida em que o filme avança, vai adquirindo maior consistência. E é impossível não lembrar de E o vento levou, tanto pelo tema da Guerra da Secessão, como por Clark Gable e pelo enfoque da escravidão, embora aqui pareça que antes da referida guerra os escravos não eram maltratados como se alardeava e todos viviam em paz com suas vidas e prosperidade e que os ianques foram os cruéis invasores daquele mundo ideal. Seja como for, o gosto de “coisa já vista” embora não desmereça algumas das qualidades do filme, certamente não o fazem algo memorável, embora seja algo a ser assistido.  7,8