Mais uma coleção de clichês para contar uma história já vista dezenas de vezes. Os americanos possuem várias receitas e as repetem, sabendo exatamente qual a carência e o desejo de seu público. Porém, quem está acostumado com o cinema europeu ou a ver muitos filmes, acaba perdendo um pouco a paciência com esses lugares-comuns, que contagiam não apenas os fatos, mas a própria expressão cênica dos personagens. Apesar disso, entretanto, este é um filme bem produzido, muito bem feito, dirigido e editado e que é extremamente valorizado pelo elenco, incluindo a ótima performance de Sandra Bullock. Além disso, existe no roteiro uma surpresa ao espectador, que eleva o conceito do filme como decorrência da valorização da história. Além de Sandra, a presença sempre notável de Viola Davis é algo a ser destacado e justamente uma cena entre ambas é que aparece como uma das mais marcantes de todo o enredo. Pelos citados pontos positivos, o filme acaba merecendo sua inclusão aqui neste blog, embora certamente vá ser supervalorizado pela mídia, até mesmo pela chamada “corrida ao Oscar”, que vive mais de promoção e retórica do que de merecimento. 7,9
