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CAVALOS SELVAGENS (CABALLOS SALVAJES

Não confundir, porque este filme de 1995 tem o mesmo nome de outro, de 2015, com Robert Duvall e James Franco. Este aqui é argentino e tem uma história completamente diferente da do homônimo. Inclusive sendo classificado no gênero comédia. E, claro, que a homonímia é só em português, porque o título original do outro é em inglês: “Wild horses”. Este é uma comédia dramática, leve e que conta uma história de inusitada iniciativa pessoal e de direitos reivindicados, embora não exatamente de forma democrática. Não é um roteiro de grande originalidade ou criatividade, mas mesmo assim é bem escrito e tem seu interesse. E o que começa meio no gênero drama policial, vira uma espécie de road movie, com momentos de leveza e outros com temas político-sociais relevantes. Emociona e traz reflexão e naturalmente forte oposição ao sistema, embora também mostre os engessamentos e as grandes dificuldades de se romper as amarras. Mas o fato é que o lado positivo do filme é o que acaba sobressaindo, com belos momentos de triunfo e lições de coragem e bem viver, mesmo que a vitória renda instantes provisórios, embora imprevisíveis. E com o brilho do ator Hector Alterio (A história oficial, El nido, O filho da noiva, Alén,luz de luna), no papel de José. Também mostra competência e carisma, principalmente a partir da metade do filme, o ator Leonardo Sbaraglia, bastante conhecido em filmes como Relatos selvagens, Neve negra, No fim do túnel e As viúvas das quintas-feiras. Também boa a atuação de Cecilia Dopazo. O diretor é Marcelo Piñeyro (As viúvas das quintas-feiras) e o filme foi selecionado para representar a Argentina no Oscar de 1996. 8,5