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ALABAMA MONROE (THE BROKEN CIRCLE BREAKDOWN)

Como diz um querido amigo meu, gosto de filmes que mostram “a vida como ela é”. Mas muitas vezes a vida não é fácil. E ver na tela esses fatos se torna um desafio e até uma tarefa algo indigesta. E é o caso desta história e dos seus personagens, envoltos em dramas e tragédias. O filme é belga e seus personagens parecem aqueles roqueiros hippies, que prezam a liberdade, a boemia, a vida cheia de surpresas pelos caminhos. Ele é músico, ela trabalha com tatuagens e assim se encontram e os fatos nos são mostrados de forma bastante dinâmica, passando competentemente por linhas de tempo diferentes. Assim como são diversas as fases, são também variados os sentimentos, ora de grande alegria, ora de grande tristeza. Mas o clima que acaba predominando é o sombrio, embora destilado por um roteiro bem elaborado e montado. Na verd

ade, trata-se de um filme realizado com maestria, intenso, porém muito dolorido e que exige do espectador empatia e compreensão. Cinematograficamente falando é uma obra de respeito, mas para se gostar dela deve-se estar preparado para assistir a uma história de amor e de dor, com todas as suas manifestações, vertentes e consequências. O filme concorreu a diversos prêmios e também ganhou vários, entre eles o de Melhor atriz europeia para Veerle Baeters (realmente ótima) e o de Melhor filme estrangeiro no Cesar (Oscar francês) de 2014. 8,5