O OURO DE MACKENNA

Faroeste de 1969 (que se passa em 1870), com música de Quincy Jones, dirigido por J. Lee Thompson (A conquista do Planeta dos Macacos, Desejo de matar 4, Os canhões de Navarone…) e estrelado por Gregory Peck e Omar Sharif (xerife e bandido, respectivamente), além de grande elenco: Telly Savalas, Lee J. Cobb, Ely Wallach, Edward G. Robinson, Burges Meredith, Anthony Quayle e Julie Newmar (a Mulher Gato do seriado de TV Batman). É um western bastante movimentado, repleto de símbolos do Velho Oeste, misturando mocinhos, bandidos, mocinhas (incluindo uma bela e inexplicável índia com corpo de modelo, interpretada por Julie), índios, soldados, todos em busca do ouro do título e ambientados em paisagens colossais, sendo um dos destaques a região do Monument Valley (onde existe um monumento que indica a divisa de quatro Estados americanos: Utah, Colorado, Novo México e Arizona), palco de dezenas e dezenas de bang-bangs. Este filme tem várias atrações dentro da ação, como uma rivalidade amorosa, um sexy banho de rio, escaladas perigosas de montanha, perseguições diversas e é uma ótima diversão. Omar Sharif faz muito bem o bandoleiro sem caráter, cheio de lábia mas absolutamente não-confiável, enquanto Gregory Peck…é Gregory Peck. Ele não é um ator de excelência, porque parece sempre o mesmo em todos os papéis. Porém, é de uma elegância, carisma e credibilidade, que se acaba passando por cima da sua falta de dramaticidade às vezes. Pena só que a “mocinha” (Camilla Sparv), apesar de sueca e bonita, é péssima atriz, mas seu currículo efetivamente começou e terminou na figuração, como um rosto bonito meramente (e durante todo o enredo, maquiado, sobrancelha feita etc – atuando em filmes como Flint e outros do gênero). Em resumo, um belo faroeste, com todos os ingredientes reunidos e mostrando as aventuras e desventuras dos homens em busca da satisfação de suas ambições, com isso muitas vezes desafiando ritos e seus próprios limites. 8,6