SUMMERLAND

Este é um drama britânico de 2020, muito bonito e que provavelmente passará despercebido pelas grandes multidões, embora merecesse ser assistido por muita gente, pela mensagem que passa e pelas emoções que desperta, em sua sensível jornada de amor, amizade, generosidade, coragem, esperança, mas também de preconceito (a homossexualidade feminina é tema importante, embora abordado de forma sutil e delicada), de abandono, dor, morte e destruição, pois é época (e local) de Segunda Guerra Mundial (no caso, 1940/1941). É um daqueles filmes que prendem a atenção do espectador durante todo o tempo, que trazem coisas boas ao coração e, mesmo seu título, já guarda um especial significado a ser descoberto. Tudo se passa no condado de Kent, ao sudeste da Inglaterra (a 60 km de Londres) e com paisagens exuberantes, que nos são mostradas ao longo de toda a exibição, inclusive sendo a protagonista uma escritora que mora vizinha ao mar e ao imponente e típico relevo, repleto de falésias. À beleza deslumbrante das locações somam-se as belas imagens e ações e a excelente interpretação de Gemma Arterton (O Príncipe da Pérsia, João e Maria, 007-Quantum of Solace, Gemma Bovery, O retorno de Tamara), com quem inclusive acaba tendo muita empatia o jovem ator que interpreta o menino Frank. Dirigido pela inglesa Jessica Swale, dramaturga, roteirista e também diretora de teatro, o filme nos transmite valores humanos essenciais e nos reserva variados momentos de emoção, especialmente em sua parte final. 8,8