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PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL

Pode ser que este filme de 1971 não tenha envelhecido bem e que na época tenha feito um grande sucesso, mas o fato é que não tem nada de mais, na verdade nada além dos filmes medianos que passam na sessão da tarde, exceto por um detalhe: Clint Eastwood. Aqui, na estreia de seu famoso personagem Harry Callahan, o Dirty Harry do título, munido com a famosa magnum 44 (título do segundo filme de uma série de cinco). Ele realmente faz a diferença, com seu carisma e sua pose de heroi durão, misterioso e infalível contra o mal, herdados dos tempos dos legendários faroestes de Sérgio Leoni e o único fator que fez com este filme tenha virado uma espécie de “clássico”. Porque tirando ele, o filme se reduz a um roteiro esburacado, um vilão ridículo (daqueles que esbugalha os olhos quando escondido na penumbra!) e algumas cenas boas – como as que escancaram a injustiça de um sistema que solta criminosos por deficiência nas provas – em meio a várias bisonhas e apelativas (como a das crianças). Curiosidade: perto dos 10 minutos de filme, vemos que está em cartaz em um cinema o filme também de 1971 Play Misty for me, que na verdade foi traduzido entre nós como Perversa paixão, estrelado por Eastwood e com a presença de Don Siegel como ator. Don é o diretor deste filme, assim como dirigiu o mesmo Eastwood em Meu nome é Coogan em 1968 e O estranho que nós amamos igualmente em 1971. 7,5