Uma crítica impiedosa sobre quem fatura com o nome de Deus e de Jesus, o que existe desde que o mundo é mundo e permanece, por mais que haja informação e progresso de comunicação e tecnológica. Em suma, um filme que fala sobre a exploração da fé, o que não é novidade em termos de temática, mas este filme se destaca tanto por ser baseado em fatos reais – contando a história da maior apresentadora tele-evangelista americana, que dá título ao filme –, quanto pelo desempenho magistral de Jessica Chastain, que se não ganhar o Oscar configurará uma injustiça a mais na história da Academia, pois não há nenhuma performance ano passado (2021) que se compare à dela. Além de Jessica, também são ótimos os desempenhos do “Reverendo” (Vincent D´Onofrio em papel bem diferente dos costumeiros) e de Andrew Garfield, um ator que me causa impressões sempre negativas, mas que está muito bem dramaticamente, protagonizando ótimas cenas. A parte final reserva especiais e intensas emoções pela crise no relacionamento do casal e na própria instituição criada por eles (um verdadeiro império, como o dos grandes prestidigitadores populares), além de algumas verdades que virão à tona. No fim, aparecem os personagens reais, mostrando que como sempre Hollywood também procurou semelhanças na escolha do elenco. 8,6
