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AMOR, SUBLIME AMOR (WEST SIDE STORY)

Esta é a nova versão – musical também – do famoso filme de 1961, agora dirigido por Steven Spielberg, que chegou a um patamar de excelência quanto à forma/apresentação de seus filmes, valendo-se da experiência de toda uma consagrada e exitosa carreira. A cenografia, direção de arte, fotografia, enfim, todo o aparato técnico é deslumbrante. Agora uma atriz nova faz o papel que foi de Natalie Wood na produção original, de Maria (Rachel Zegler), assim como outra atriz não muito conhecida desempenha magistralmente o papel de Anita (Ariane DeBose) e o excelente Ansel Ergort (Escrito nas estrelas) o de Tony. As músicas originais são reeditadas e causam muita emoção, mas as novas não atraem e nada têm de especiais, em melodia e harmonia. Entretanto, as coreografias são ótimas e a história vai se desenvolvendo, embora sem grandes novidades até a luta das gangues, ou seja, situações já vistas e esperadas e que repetem coisas reprisadas muitas vezes na história do cinema, inclusive musical. O foco central da trama é a disputa por territórios entre os novaiorquinos e os imigrantes porto-riquenhos, fato que inclusive faz com o texto tenha uma força que impressiona, de expressiva e corajosa abrangência/conotação social. Mas a última parte do final, a partir do encontro das gangues, vale o filme todo, tanto pela plasticidade, quanto pelo roteiro e dramaticidade. O filme se torna bastante contundente e assume até mesmo um lado inesperado de violência – o que, aliás, não poderia ser de outra forma -, culminando com grandes momentos e cenas intensas e decisivas. Concorre também ao Oscar de Melhor filme, embora sua chance maior provavelmente vá ser quanto aos seus elementos técnicos. 8,8