Drama americano de 2007, baseado em livro de Susan Minot, com um título lindíssimo sob o ponto de vista poético e cujo elenco dispensa comentários: Claire Danes, Tony Collette, Vanessa Redgrave, Glenn Close, Meryl Streep, Patrick Wilson, Natasha Richardson (casada com o ator Lian Neeson e que morreu em 2009 em um acidente de esqui)… Daqueles filmes feitos para comover e que realmente comovem porque de maneira bela (fotografia, figurino…) e sensível tratam de questões passionais não resolvidas, dilemas do passado, da insustentável leveza do ser (o de não se saber o que teria ocorrido se seguíssemos o outro caminho…), do amor que era perfeito…Haverá em nossa vida decisões erradas ou sempre fazemos o que temos que fazer? No caso, de certo modo as respostas derivadas da viagem emocional ao passado, feita por flash backs, iluminarão os caminhos do presente. Ainda mais porque o tipo da doença pode misturar a realidade (os segredos do passado), com meras fantasias e ilusões. Várias frases se destacam no texto, mas uma delas é muito significativa filosoficamente e dita por Meryl Streep às filhas da amiga: grande parte das coisas que fizemos não tem importância. Outro detalhe: a atriz que interpreta a Meryl jovem é filha da atriz realmente (o que explica a notável semelhança). Para quem gosta desse tipo de filme, que abusa da nostalgia, mexe com os sentimentos e faz até com que muitos talvez se identifiquem, realmente uma ótima pedida. Para alguns, pode ser visto apenas como piegas, obra novelesca, mera chantagem emocional/sentimental. Mas se acreditarmos na pureza das intenções e embarcarmos na viagem, o destino, belíssimo, nos conduzirá direto ao coração. 8,5
