UM PECADO EM CADA ALMA (THE VIOLENT MAN)
Grandes proprietários gananciosos, sempre protegidos por um bando armado e sem muitos freios, fazendeiros pacíficos que não desejam violência, mas que às vezes têm que se defender e as suas terras (contando com os pistoleiros que trabalham nas fazendas), triângulos e desencontros amorosos, perícia na montaria dos animais, tiroteio, violência, ação e aventura no Velho Oeste. Tudo isso está neste faroeste de 1955, dirigido pelo polonês Rudolph Maté (que fez vários filmes, mas ficou mais famoso como fotógrafo cinematográfico, sendo indicado por isso a vários Oscars inclusive) e interpretado por um trio famosíssimo do cinema: Glenn Ford, Barbara Stanwyck e Edward G. Robinson. Também atua, de conhecido, Brian Keith. Não é um filme memorável, entretanto. O roteiro é batido, porém o elenco é seu ponto forte, principalmente Stanwyck, que com o passar da história vai se tornando cada vez mais poderosa na atuação. Talvez falte mais carisma no “mocinho”, que embora fotografe bem e tenha um currículo de mais de 300 filmes, não é um John Wayne ou um Clint Eastwood. Discordo dos muitos que acharam sua atuação esplêndida. Quando se envolve em conflitos armados, o fato não parece muito natural e é meio apático o comportamento do personagem ao longo do filme: inclusive nos assuntos amorosos, John Parrish não gera empatia. Apesar disso, é um filme movimentado e vale a diversão e a última e surpreendente cena parece redimir o “heroi”, pelo menos em parte. Bom entretenimento, mas muito longe de ser um clássico do gênero. 8,0