SE MEU APARTAMENTO FALASSE (THE APARTMENT)
Uma comédia dramática romântica muito boa de assistir, produzida em 1960 e indicada a 10 Oscars, com Jack Lemmon e Shirley MacLaine estrelando, mais Fred MacMurray, Jack Kruschen (Dr. Dreyfuss) e grande elenco. Os Oscars ganhos foram os de Melhor filme, Melhor diretor (Billy Wilder), Melhor roteiro original, Melhor montagem e Melhor direção de arte em p&b. Os que não ganhou: Melhor atriz, Melhor ator, Melhor ator coadjuvante (Jack Kruschen), Melhor mixagem de som e Melhor fotografia em p&B. Apesar disso, Jack Lemmon e Shirley MacLaine ganharam nas referidas categorias o Globo de Ouro, o Bafta (Oscar inglês) e diversos outros prêmios. Esta é uma história com muita dinâmica e emoções de várias ordens, mostrando a vida difícil de um funcionário de uma grande seguradora, que para agradar as chefias acabava emprestando seu apartamento de solteiro para encontros amorosos. Jack Lemmon já havia feito alguns filmes antes deste, mas o seu grande destaque foi um ano antes em Quanto mais quente melhor, no qual fez um papel inesquecível, que inclusive protagoniza um dos melhores finais de filme (memorável realmente!) da história do cinema! Shirley MacLaine era praticamente uma iniciante quando realizou este filme, com 26 anos de idade, mas cinco anos antes já havia atuado, em O terceiro tiro, de Alfred Hitchcock. Fred MacMurray participou de inúmeras produções anteriores incluindo A nave da revolta (1954) e já era cinquentão na época deste filme, mas o que o tornou mais conhecido foi Pacto de sangue, em 1944, com Bárbara Stanwyck, também dirigido por Billy Wilder, que entre outros filmes conduziu também Farrapo humano, Crepúsculo dos deuses, A montanha dos sete abutres, Inferno nº 17, Sabrina, O pecado mora ao lado, Testemunha de acusação, Quanto mais quente melhor, Irma la douce. Este é um filme que emociona, faz pensar, mas tudo é muito leve e muito dinâmico e o tempo certo para a diversão, graças à segura direção e ao casal de protagonistas, ele com aquele jeito próprio que mistura bondade humana, ingenuidade, conformismo e generosidade, ora grandioso, ora com cara de miserável; ela, lindinha e meiga, respirando juventude e já mostrando talento de sobra, tendo ambos além disso uma boa química. Um retrato das relações humanas, repletas de facetas boas e ruins, com diálogos muito bons e bem dosados, como de resto todo o filme. 8,9