A ROSA TATUADA

Muitos filmes foram feitos baseados nos textos de Tennessee Williams, premado dramaturgo americano e que viveu de 1911 a 1983, como, por exemplo, Um bonde chamado desejo, Gato em teto de zinco quente, De repente no último verão, Doce pássaro da juventude. Este é um deles, só que com Williams como co-roteirista, produzido em 1955 e dirigido por Daniel Mann (Disque Butterfield 8, A casa de chá do luar de agosto). Concorreu a oito Oscars: filme, atriz, atriz coadjuvante, edição, trilha sonora, direção de arte, fotografia e figurino. Ganhou três Oscars: melhor atriz para Anna Magnani (uma das maiores atrizes italianas de todos os tempos), melhor direção de arte e melhor fotografia (em preto e branco). A atriz coadjuvante em questão é Marisa Pavan e o protagonista do filme é o grande ator e galã Burt Lancaster, que dois anos antes havia brilhado em A um passo da eternidade. Este é um drama com momentos sérios, mas também com cenas divertidas, incluindo a final, que é deliciosa. Pavan é uma ótima atriz, mas o brilho mesmo é de Lancaster e principalmente de Magnani, que formam uma bela dupla em termos de química e empatia, cada um desempenhando um personagem original e fascinante; ele com um temperamento que mistura alegria com algo dúbio entre a fanfarronice e a integridade e ela – um furacão em cena – aquela “mama” provedora, com todos os adjetivos, trejeitos e palavreados espalhafatosos italianos. Um filme muito bem produzido cinematograficamente falando e com uma história muito prazerosa de ser assistida. 8,7