CASABLANCA
Este filme produzido em 1942, ou seja, em pleno curso da Segunda Guerra Mundial e da Ocupação Alemã (seu tema!) está em todas as listas dos melhores do cinema de todos os tempos. E merecidamente! É simplesmente impecável. A música-tema As time goes by ficou para sempre na memória. A fotografia é maravilhosa, em um branco e preto esplendoroso. A direção, perfeita, de Michael Curtiz (que anos antes havia dirigido o Robin Hood com Errol Flynn), bem como a edição e, portanto, o ritmo da história. O roteiro, sóbrio, equilibrado, brilhante, é também um ponto fortíssimo, repleto de mistério, suspense, com diálogos afiados, recheados de sarcasmo, mas sempre de expressivo significado, sem perder o bom humor e retratando não apenas o fio condutor da trama, mas a própria época conturbada. O filme mescla cenas de ação, heroísmo, romance, patriotismo, havendo diversos momentos inesquecíveis (o do piano de Sam, o da Marseillaise, por exemplo). Como também há falas memoráveis (duas delas na cena final) e personagens também que permanecerão, sendo também vários deles explorados com riqueza incomum. O personagem de Humphrey Bogart é fortíssimo, assim como também o são o de Paul Henreid, o da bela Ingrid Bergman (beleza ainda mais enaltecida pela fotografia caprichada!), o de Claude Rains, que faz o capitão chefe da polícia. O filme ganhou os Oscars de 1944 de Melhor filme, Melhor diretor e Melhor roteiro adaptado -embora tenha tido 8 indicações -, tendo sido vencido no de Fotografia pelo filme The song of Bernadette. Um clássico, mantendo ainda a mesma força (ou maior ainda) que tinha na época de seu oportuno (propaganda de guerra, segundo muitos) e corajoso lançamento. 10,0