SEVEN (revisão – original editado)

No estilo “serial killer”, provavelmente entre os dois melhores filmes da história do cinema (o outro seria “ O silêncio dos inocentes”), embora sejam inevitáveis – lamentavelmente –  as ridículas cenas em que a polícia, apenas para deter um suspeito, desloca 15 viaturas (!) com dezenas de homens fortemente armados e que invadem um prédio com o protocolo de quem toma de assalto um quartel inimigo…isso para localizar um suposto criminoso…! Mas, como dito, é inevitável no cinema americano e por isso o fato extravagante não abala a consistência desse filme, de 1995. Com elenco capitaneado por Morgan Freeman (excelente, criando mais um tipo humano verossímil e especial) e Brad Pitt (bom ator, mas na época ainda com alguns limites), é um filme tenso, com muito suspense no quebra-cabeças que vai sendo montado e excelentes fotografia (locais escuros, fétidos e tenebrosos…), montagem e direção. O clima do filme é sombrio e a tensão permanece o tempo todo, aguçados todos os sentidos do espectador, inclusive quase parece que o olfato. O diretor é David Fincher, que também dirigiu O clube da luta, O curioso caso de Benjamin Button, A rede social, entre outrosLembrando que os sete pecados capitais são a gula, a cobiça, a vaidade, a preguiça, a luxúria, a inveja e a ira, o filme se destaca pelo intrigante, misterioso e competente roteiro, que em alguns aspectos se mostra genial: principalmente no fabuloso final do filme, em que faltam dois pecados capitais para completar a “obra” do psicopata. Quem viu este filme jamais esquecerá no mínimo da cena final. Difícil encontrar os adjetivos para ela. E, acima de tudo, fica a frase final do personagem de Morgan Freeman, citando Hemingway e declarando concordar apenas com a segunda parte dessa frase: “O mundo é um bom lugar para se viver e vale a pena lutar por ele “.  9,5