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O CASO COLLINI

Este é um filme que deveria ser visto sem a leitura prévia de qualquer sinopse. Aliás, até sem ver os cartazes de propaganda, porque alguns deles são muito reveladores. Isso para que os mistérios sejam desvendados aos poucos e o suspense gere maiores efeitos no espectador, que, assim, irá acompanhar com maior interesse e expectativa as investigações. Existem fatos vitais, que se forem previamente conhecidos efetivamente tiram uma boa parte da surpresa. E também não é muito fácil comentar a história sem spoiler, embora assim deva ser. Então, resta dizer que é um filme de tribunal, com elementos de crime, investigação, suspense, muito mistério e alguns desdobramentos inesperados e que enriquecem sobremaneira o enredo. O espectador mais experiente ou mais atento poderá até antecipar alguns fatos, mas não todos eles e os mais elucidativos só virão na parte final do filme, que é, evidentemente, a porção mais contundente e emocional. É um filme alemão, mas uma de suas estrelas principais é o nosso conhecido e veterano (e ótimo) Franco Nero, que se tornou famoso a partir de 1966, quando estrelou o famoso faroeste “Django” e que agora tem 80 anos (durante as filmagens tinha 78). Baseado em livro de mesmo nome, esta produção Netflix agrada em cheio a maior parte da pessoas, mas há também aqueles que não veem essa qualidade toda ou até o acham muito incômodo (pelo violência do tema). Certamente, porém, trata-se de uma produção muito bem feita, com cuidado, precisão de cenas (edição) e emoções na medida certa, em outras palavras: para a maioria, imperdível. 8,7