MONTY PYTHON EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO (MONTY PYTHON AND THE HOLY GRAIL – 1975)

O lendário grupo britânico Monty Python (ou “The Pythons”) criou e interpretou a série cômica de TV “Monty Python´s Circus” a partir de outubro de 1969, com 45 episódios divididos em 4 temporadas, fazendo um grande sucesso com seu humor negro satírico e “non sense”, quebrando paradigmas e convenções e inspirando dezenas de comediantes, inclusive com a subversão do próprio formato de TV e cinema, semelhante, por exemplo, ao espírito irreverente do programa americano “Saturday Night Live”. Fundado por Terry Jones e dirigido por ele e por Terry Gilliam, tiveram como seus maiores sucessos este filme de 1975, “A vida de Brian” de 1979 e “Monty Python: o sentido da vida” de 1983, que foi o último longa estrelado por todos os membros do grupo: Graham Chapman (que aqui faz o Rei Arthur, Deus e o Cabeça do meio), John Cleese (Cavaleiro Negro, Sir Lancelot e Tim), Terry Gilliam (Patsy, Cavaleiro Verde, Sir Bors), Eric Idle (Sir Robin, Não-tão-bravo-quanto-Sir-Lancelot, Concorde, Irmão Maynard, Roger the Shrubber), Terry Jones (Sir Bedevere, voz do Príncipe Herbert) e Michael Palin (Dennis, Sir Galahad o puro, Narrador, Rei do Castelo do Pântano, Irmão do irmão Maynard e Líder dos Cavaleiros que falam Ni). Esta é uma sátira de diversos acontecimentos da Idade Média, com foco na busca pelo Santo Graal, como sempre recheada de ironia/sarcasmo, irreverência, humor ácido, anárquico e eventualmente surreal: a luta entre o Rei Arthur e o teimoso Cavaleiro Negro é antológica, assim como marcantes são os enigmas do mago na ponte, o Coelho de Troia etc. Esse tipo de humor, é fato, às vezes cansa um pouco pela repetição e não se trata aqui de uma produção perfeita, na verdade apesar do status de “cult”, sendo alguns filmes do grupo superestimados. Mas não há dúvidas de que as produções são inteligentemente caprichadas, estudadas no visual e nos textos e de que são cabeças pensantes em um humor que proporciona no mínimo uma releitura pândega dos fatos da Idade Média, neste caso, as aventuras do Rei Arthur e seus cavaleiros heroicos (unidos à Corte de Camelot) em busca do cálice dourado. 8,8

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