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CRITICS CHOICE AWARDS 2020 – VENCEDORES

 

Melhor filme

  • Era uma Vez em… Hollywood

 

Melhor ator em filme

  • Joaquin Phoenix – Coringa

 

Melhor atriz em filme

  • Renée Zellweger – Judy: Muito Além do Arco-Íris

 

Melhor ator coadjuvante em filme

  • Brad Pitt – Era uma Vez em… Hollywood

 

Melhor atriz coadjuvante em filme

  • Laura Dern – História de um Casamento

 

Melhor atriz ou ator jovem em filme

  • Roman Griffin Davis – Jojo Rabbit

 

Melhor elenco

  • O Irlandês

 

 

Melhor diretor de filme

  • Sam Mendes – 1917

 

Melhor roteiro original

  • Era uma Vez em… Hollywood – Quentin Tarantino

 

Melhor roteiro adaptado

  • Adoráveis Mulheres – Greta Gerwig

 

Melhor fotografia em filme

  • 1917 – Roger Deakins

 

Melhor direção de arte em filme

  • Era uma Vez em… Hollywood – Barbara Ling, Nancy Haigh

 

Melhor edição

  • 1917 – Lee Smith

 

Melhor figurino em filme

  • Meu Nome é Dolemite – Ruth E. Carter

 

Melhor cabelo e maquiagem em filme

  • O Escândalo

 

 

Melhores efeitos visuais em filme

  • Vingadores: Ultimato

 

Melhor filme de animação

  • Toy Story 4

 

Melhor filme de ação

  • Vingadores: Ultimato

 

Melhor filme de comédia

  • Meu Nome é Dolemite

 

 

Melhor filme de ficção científica ou terror

  • Nós

 

Melhor filme estrangeiro

  • Parasita

 

Melhor música em filme

  • “Glasgow (No Place Like Home)” – As Loucuras de Rose
  • “(I’m Gonna) Love Me Again” – Rocketman

 

Melhor trilha sonora em filme

  • Hildur Guðnadóttir – Coringa

 

TELEVISÃO

Melhor Série de Drama

  • Succession

 

Melhor ator em série de drama

  • Jeremy Strong – Succession

 

Melhor atriz em série de drama

  • Regina King – Watchmen

 

Melhor ator coadjuvante em série de drama

  • Billy Crudup – The Morning Show

 

Melhor atriz coadjuvante em série de drama

  • Jean Smart – Watchmen

 

Melhor série de comédia

  • Fleabag

 

Melhor ator em série de comédia

  • Bill Hader – Barry

 

 

Melhor atriz em série de comédia

  • Phoebe Waller-Bridge – Fleabag

 

Melhor ator coadjuvante em série de comédia

  • Andrew Scott – Fleabag

 

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia

  • Alex Borstein – The Marvelous Mrs. Maisel

 

Melhor série limitada

  • Olhos que Condenam

 

Melhor filme para a televisão

  • El Camino: A Breaking Bad Movie

 

Melhor ator em série limitada ou filme para a televisão

  • Jharrel Jerome – Olhos que Condenam

Melhor atriz em série limitada ou filme para a televisão

  • Michelle Williams – Fosse/Verdon

 

Melhor ator coadjuvante para série limitada ou filme para a televisão

  • Stellan Skarsgård – Chernobyl

 

Melhor atriz coadjuvante para série limitada ou filme para a televisão

  • Toni Collette – Inacreditável

 

Melhor série animada

  • BoJack Horseman

 

Melhor talk show

  • The Late Late Show with James Corden
  • Late Night with Seth Meyers

 

Melhor especial de comédia

  • Live in Front of a Studio Audience: Norman Lear’s All in the Family and The Jeffersons
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CRITICS CHOICE AWARDS 2020 – 12 de janeiro de 2020

CRITICS CHOICE AWARDS 2020

 CINEMA

Melhor filme

  • 1917
  • Ford vs Ferrari
  • O Irlandês
  • Jojo Rabbit
  • Coringa
  • Adoráveis Mulheres
  • História de um Casamento
  • Era uma Vez em… Hollywood
  • Parasita
  • Joias Brutas

 

Melhor ator em filme

  • Antonio Banderas – Dor e Glória
  • Robert De Niro – O Irlandês
  • Leonardo DiCaprio – Era uma Vez em… Hollywood
  • Adam Driver – História de um Casamento
  • Eddie Murphy – Meu Nome é Dolemite
  • Joaquin Phoenix – Coringa
  • Adam Sandler – Joias Brutas

 

Melhor atriz em filme

  • Awkwafina – A Despedida
  • Cynthia Erivo – Harriet
  • Scarlett Johansson – História de um Casamento
  • Lupita Nyong’o – Nós
  • Saoirse Ronan – Adoráveis Mulheres
  • Charlize Theron – O Escândalo
  • Renée Zellweger – Judy: Muito Além do Arco-Íris

 

 

Melhor ator coadjuvante em filme

  • Willem Dafoe – O Farol
  • Tom Hanks – Um Lindo Dia na Vizinhança
  • Anthony Hopkins – Dois Papas
  • Al Pacino – O Irlandês
  • Joe Pesci – O Irlandês
  • Brad Pitt – Era uma Vez em… Hollywood

 

Melhor atriz coadjuvante em filme

  • Laura Dern – História de um Casamento
  • Scarlett Johansson – Jojo Rabbit
  • Jennifer Lopez – As Golpistas
  • Florence Pugh – Adoráveis Mulheres
  • Margot Robbie – O Escândalo
  • Zhao Shuzhen – A Despedida

 

Melhor atriz ou ator jovem em filme

  • Julia Butters – Era uma Vez em… Hollywood
  • Roman Griffin Davis – Jojo Rabbit
  • Noah Jupe – Honey Boy
  • Thomasin McKenzie – Jojo Rabbit
  • Shahadi Wright Joseph – Nós
  • Archie Yates – Jojo Rabbit

 

Melhor elenco

  • O Escândalo
  • O Irlandês
  • Entre Facas e Segredos
  • Adoráveis Mulheres
  • História de um Casamento
  • Era uma Vez em… Hollywood
  • Parasita

 

 

Melhor diretor de filme

  • Noah Baumbach – História de um Casamento
  • Greta Gerwig – Adoráveis Mulheres
  • Bong Joon Ho – Parasita
  • Sam Mendes – 1917
  • Josh Safdie and Benny Safdie – Joias Brutas
  • Martin Scorsese – O Irlandês
  • Quentin Tarantino – Era uma Vez em… Hollywood

 

Melhor roteiro original

  • A Despedida – Lulu Wang
  • Entre Facas e Segredos – Rian Johnson
  • História de um Casamento – Noah Baumbach
  • Era uma Vez em… Hollywood – Quentin Tarantino
  • Parasita – Bong Joon Ho and Han Jin Won

 

Melhor roteiro adaptado

  • Um Lindo Dia na Vizinhança – Noah Harpster e Micah Fitzerman-Blue
  • O Irlandês – Steven Zaillian
  • Coringa – Todd Phillips e Scott Silver
  • Jojo Rabbit – Taika Waititi
  • Adoráveis Mulheres – Greta Gerwig
  • Dois Papas – Anthony McCarten

 

Melhor fotografia em filme

  • Ford vs Ferrari – Phedon Papamichael
  • O Irlandês – Rodrigo Prieto
  • Coringa – Lawrence Sher
  • O Farol – Jarin Blaschke
  • Era uma Vez em… Hollywood – Robert Richardson
  • 1917 – Roger Deakins

 

 

Melhor direção de arte em filme

  • Downton Abbey – O Filme – Donal Woods, Gina Cromwell
  • O Irlandês – Bob Shaw, Regina Graves
  • Coringa – Mark Friedberg, Kris Moran
  • Adoráveis Mulheres – Jess Gonchor, Claire Kaufman
  • Era uma Vez em… Hollywood – Barbara Ling, Nancy Haigh
  • Parasita – Lee Ha Jun
  • 1917 – Dennis Gassner, Lee Sandales

 

Melhor edição

  • O Irlandês – Thelma Schoonmaker
  • Ford vs Ferrari – Andrew Buckland, Michael McCusker
  • Era uma Vez em… Hollywood – Fred Raskin
  • Parasita – Yang Jinmo
  • Joias Brutas – Ronald Bronstein, Benny Safdie
  • 1917 – Lee Smith

 

Melhor figurino em filme

  • Meu Nome é Dolemite – Ruth E. Carter
  • Downton Abbey – O Filme – Anna Robbins
  • O Irlandês – Sandy Powell, Christopher Peterson
  • Adoráveis Mulheres – Jacqueline Durran
  • Era uma Vez em… Hollywood – Arianne Phillips
  • Rocketman – Julian Day

 

Melhor cabelo e maquiagem em filme

  • O Escândalo
  • Meu Nome é Dolemite
  • O Irlandês
  • Coringa
  • Judy: Muito Além do Arco-Íris
  • Era uma Vez em… Hollywood
  • Rocketman

 

Melhores efeitos visuais em filme

  • 1917
  • Ad Astra – Rumo às Estrelas
  • Os Aeronautas
  • Vingadores: Ultimato
  • Ford vs Ferrari
  • O Irlandês
  • O Rei Leão

 

Melhor filme de animação

  • Abominável
  • Frozen 2
  • Como Treinar o seu Dragão 3
  • I Lost My Body
  • Link Perdido
  • Toy Story 4

 

Melhor filme de ação

  • 1917
  • Vingadores: Ultimato
  • Ford vs. Ferrari
  • John Wick 3: Parabellum
  • Homem-Aranha: Longe de Casa

 

Melhor filme de comédia

  • Fora de Série
  • Meu Nome é Dolemite
  • A Despedida
  • Jojo Rabbit
  • Entre Facas e Segredos

 

 

Melhor filme de ficção científica ou terror

  • Ad Astra – Rumo às Estrelas
  • Vingadores: Ultimato
  • Midsommar
  • Nós

 

Melhor filme estrangeiro

  • Atlantique
  • Os Miseráveis
  • Dor e Glória
  • Parasita
  • Retrato de Uma Jovem em Chamas

 

Melhor música em filme

  • “Glasgow (No Place Like Home)” – As Loucuras de Rose
  • “(I’m Gonna) Love Me Again” – Rocketman
  • “I’m Standing With You” – Superação: O Milagre da Fé
  • “Into the Unknown” – Frozen 2
  • “Speechless” – Aladdin
  • “Spirit” – O Rei Leão
  • “Stand Up” – Harriet

 

Melhor trilha sonora em filme

  • Michael Abels – Nós
  • Alexandre Desplat – Adoráveis Mulheres
  • Hildur Guðnadóttir – Coringa
  • Randy Newman – História de um Casamento
  • Thomas Newman – 1917
  • Robbie Robertson – O Irlandês

  

 

TELEVISÃO

 

Melhor Série de Drama

  • The Crown
  • David Makes Man
  • Game of Thrones
  • The Good Fight
  • Pose
  • Succession
  • This Is Us
  • Watchmen

 

Melhor ator em série de drama

  • David Makes ManSterling K. Brown -This Is Us
  • Mike Colter – Evil
  • Paul Giamatti – Billions
  • Kit Harington – Game of Thrones
  • Freddie Highmore – The Good Doctor
  • Tobias Menzies – The Crown
  • Billy Porter – Pose
  • Jeremy Strong – Succession

 

Melhor atriz em série de drama

  • Christine Baranski – The Good Fight
  • Olivia Colman – The Crown
  • Jodie Comer – Killing Eve
  • Nicole Kidman, Big Little Lies
  • Regina King – Watchmen
  • Mj Rodriguez – Pose
  • Sarah Snook – Succession
  • Zendaya – Euphoria

 

 

 

Melhor ator coadjuvante em série de drama

  • Asante Blackk – This Is Us
  • Billy Crudup – The Morning Show
  • Asia Kate Dillon – Billions
  • Peter Dinklage – Game of Thrones
  • Justin Hartley – This Is Us
  • Delroy Lindo – The Good Fight
  • Tim Blake Nelson – Watchmen

 

Melhor atriz coadjuvante em série de drama

  • Helena Bonham Carter – The Crown
  • Gwendoline Christie – Game of Thrones
  • Laura Dern – Big Little Lies
  • Audra McDonald – The Good Fight
  • Jean Smart – Watchmen
  • Meryl Streep – Big Little Lies
  • Susan Kelechi Watson – This Is Us

 

Melhor série de comédia

  • Barry
  • Fleabag
  • The Marvelous Mrs. Maisel
  • Mom
  • One Day at a Time
  • PEN15
  • Schitt’s Creek

 

Melhor ator em série de comédia

  • Ted Danson – The Good Place
  • Walton Goggins – The Unicorn
  • Bill Hader – Barry
  • Eugene Levy – Schitt’s Creek
  • Paul Rudd – Living with Yourself
  • Bashir Salahuddin – Sherman’s Showcase
  • Ramy Youssef – Ramy

Melhor atriz em série de comédia

  • Christina Applegate – Disque Amiga para Matar
  • Alison Brie – GLOW
  • Rachel Brosnahan – The Marvelous Mrs. Maisel
  • Kirsten Dunst – On Becoming a God in Central Florida
  • Julia Louis-Dreyfus – Veep
  • Catherine O’Hara – Schitt’s Creek
  • Phoebe Waller-Bridge – Fleabag

 

Melhor ator coadjuvante em série de comédia

  • Andre Braugher – Brooklyn Nine-Nine
  • Anthony Carrigan – Barry
  • William Jackson Harper – The Good Place
  • Daniel Levy – Schitt’s Creek
  • Nico Santos – Superstore
  • Andrew Scott – Fleabag
  • Henry Winkler – Barry

 

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia

  • Alex Borstein – The Marvelous Mrs. Maisel
  • D’Arcy Carden – The Good Place
  • Sian Clifford – Fleabag
  • Betty Gilpin – GLOW
  • Rita Moreno – One Day at a Time
  • Annie Murphy – Schitt’s Creek
  • Molly Shannon – The Other Two

 

Melhor série limitada

  • Catch-22
  • Chernobyl
  • Fosse/Verdon
  • The Loudest Voice
  • Inacreditável
  • Olhos que Condenam
  • Years and Years

Melhor filme para a televisão

  • Brexit
  • Deadwood: The Movie
  • El Camino: A Breaking Bad Movie
  • Guava Island
  • Native Son
  • Patsy & Loretta

 

Melhor ator em série limitada ou filme para a televisão

  • Christopher Abbott – Catch-22
  • Mahershala Ali – True Detective
  • Russell Crowe – The Loudest Voice
  • Jared Harris – Chernobyl
  • Jharrel Jerome – Olhos que Condenam
  • Sam Rockwell – Fosse/Verdon
  • Noah Wyle – The Red Line

Melhor atriz em série limitada ou filme para a televisão

  • Kaitlyn Dever – Inacreditável
  • Anne Hathaway – Modern Love
  • Megan Hilty – Patsy & Loretta
  • Joey King – The Act
  • Jessie Mueller – Patsy & Loretta
  • Merritt Wever – Inacreditável
  • Michelle Williams – Fosse/Verdon

 

Melhor ator coadjuvante para série limitada ou filme para a televisão

  • Asante Blackk – Olhos que Condenam
  • George Clooney – Catch-22
  • John Leguizamo – Olhos que Condenam
  • Dev Patel – Modern Love
  • Jesse Plemons – El Camino: A Breaking Bad Movie
  • Stellan Skarsgård – Chernobyl
  • Russell Tovey – Years and Years

Melhor atriz coadjuvante para série limitada ou filme para a televisão

  • Patricia Arquette – The Act
  • Marsha Stephanie Blake – Olhos que Condenam
  • Toni Collette – Inacreditável
  • Niecy Nash – Olhos que Condenam
  • Margaret Qualley – Fosse/Verdon
  • Emma Thompson – Years and Years
  • Emily Watson – Chernobyl

 

Melhor série animada

  • Big Mouth
  • BoJack Horseman
  • The Dark Crystal: Age of Resistance
  • She-Ra e as Princesas do Poder
  • Os Simpsons
  • Undone

 

Melhor talk show

  • Desus & Mero
  • Full Frontal with Samantha Bee
  • The Kelly CLarkson Show
  • Last Week Tonight with John Oliver
  • The Late Late Show with James Corden
  • Late Night with Seth Meyers

 

Melhor especial de comédia

  • Amy Schumer: Growing
  • Jenny Slate: Stage Fright
  • Live in Front of a Studio Audience: Norman Lear’s All in the Family and The Jeffersons
  • Ramy Youssef: Feelings
  • Seth Meyers: Lobby Baby
  • Trevor Noah: Son of Patricia
  • Wanda Sykes: Not Norma
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ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD

Este é o mais recente filme de Quentin Tarantino e acabou de receber, no Globo de Ouro 2020, os prêmios de Melhor Roteiro (para o próprio Tarantino) e Melhor Ator Coadjuvante (para Brad Pitt, que venceu nada mais nada menos que Anthony Hopkins e Al Pacino, a meu ver de forma totalmente injusta e incompreensível, pois Brad interpreta…Brad). Leonardo Di Caprio concorreu a Melhor Ator e realmente desempenhou muito bem, assim como o filme concorreu a Melhor Filme e Melhor Direção, fatos que devem se repetir no Oscar. Margot Robbie também andou bem no papel de Sharon Tate, namorada da época do cineasta Roman Polanski, embora nada além de uma boa atuação. Na verdade é um filme forte, mas principalmente de início meio estranho, meio enfadonho e que com seu desenrolar é que vai mostrando a que veio. Mas depois acaba se compreendendo que alguns fatos eram necessários para que a mensagem final pudesse ser apresentada, inclusive a reconstituição primorosa de uma época (carros, principalmente!) em que o quase final da era hippie parecia coincidir com o fim de certa ingenuidade e de uma geração. O filme é rico em detalhes e repleto de homenagens ao cinema, aos antigos seriados, com algumas cenas de cowboy inclusive, coisas que Tarantino costuma fazer e muito bem. E é um filme imprevisível e repleto de fatos e abordagens originais, como também é costume desse excêntrico e competente cineasta: nos créditos finais, por exemplo, uma cena termina com a música do seriado Batman e ouvimos a fala do Batman fazendo propaganda da própria série, da década de 60. Mas a parte final do filme é especial e realmente sensacional, pois o suspense se torna insuportável para quem conhece a história real. A propósito, aconselha-lhe antes de ver o filme, pesquisar quem foi e o que fez Charles Manson, para que o filme ganhe um significado muitas vezes maior. E, então, em cenas impecavelmente filmadas, vai-se aos poucos vendo os fatos se encaixando (a partir da carona e do Rancho Spahn) e se encaminhando para a fatídica noite/madrugada do dia 9 de agosto de 1969, sem que o espectador nada possa fazer, a não ser esperar o que virá.  9,0

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O IRLANDÊS

Lançado pela Netflix, com grande expectativa e estardalhaço, este filme (com roteiro adaptado) traz de volta o diretor Martin Scorsese com dois de seus atores preferidos: Robert de Niro e Joe Pesci, que protagonizaram em 1990 o excelente Os bons companheiros. Tem também, entre outros, o ótimo Harvey Keitel. Como não poderia deixar de ser, este é um filme sobre a Máfia e naturalmente sobre família, lealdade, interesses financeiros diversos no mundo do crime, com cenas de violência etc, como são todos os bons filmes do gênero. Só que há dois diferenciais, lembrando que um dos fios condutores é o personagem do De Niro, que dá título ao filme: o primeiro é que a história enfoca também os movimentos sindicais e mostra com destaque a atuação do famoso Jimmy (James) Hoffa, líder sindical dos caminhoneiros americanos do final da década de 50 até o início da década de 70 (mais de 2 milhões de filiados), ousadamente propondo o roteiro uma solução para o misterioso desaparecimento do mesmo (Jimmy sumiu e nunca mais foi encontrado); o segundo diferencial é que se trata de um filme que mostra a maturidade dos mafiosos, a época posterior ao seu apogeu, mais presente portanto a força dos relacionamentos e sobretudo a confiança e a fidelidade (fatores que poderão ser questionados em algum momento pelo espectador, que ficará em dúvida sobre as condutas do personagem principal). Tanto De Niro, como Joe Pesci são excelentes, como sempre, mas não há dúvidas também de que quando Pacino entra em cena passa a haver uma força e uma química a mais no filme, confirmando o grande ator que ele é. Nesse passo, sem dúvidas, o trio de atores é um forte atrativo para o filme, que tem a seu desfavor (se é que se pode dizer desse modo) o andamento lento e as suas mais de três horas de duração. No conjunto, não é a melhor obra de Scorsese, reconhecido por todos os demais diretores como um grande mestre, mas ainda assim é uma obra de calibre bastante apreciável, indicado a vários prêmios e provável e merecida indicação para vários Oscar (seus atores, roteiro, diretor…) .8,8

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READY OR NOT?

Um filme totalmente maluco, bizarro, de humor negro, repleto de sandices…mas é verdade: nesse conjunto louco existe uma intenção por trás das cenas e as esquisitices servem a um propósito: divertir sem cair nos velhos chavões do gênero, embora provocando vários momentos de riso e de choque. Um non sense muito bem humorado e que entretém, instigando o espectador, que efetivamente não sabe o que está por vir na próxima cena. O próprio cartaz com Samara Weaving já diz tudo: algo escrachado, feito somente para a diversão e nada mais. Iniciando com um casamento e com uma tradição familiar (um jogo de tabuleiro), essa comédia de terror mistura humor negro com doses de mistério à la Agatha Christie, até mesmo uma pitada de Tarantino e vários ingredientes mais, resultando em uma combinação a ser apreciada como um prato exótico, talvez não exatamente para todos os gostos.  7,8

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INVASÃO AO SERVIÇO SECRETO (ANGEL HAS FALLEN)

Mais um filme de ação com o carismático ator Gerard Butler. Algum mistério, informações vazadas, política de governo, jogos de espiões, gato e rato… absolutamente quase nada de novo no ar, a não ser os modernos efeitos especiais e as invenções mais recentes. Então, trata-se de um thriller sobre os mesmos temas de sempre, só que com a sofisticação da tecnologia, o que rende, é verdade, algumas ótimas cenas. E entre fatos paralelos com a política tumultuada dos tempos atuais, nada melhor do que a confiabilidade de um Morgan Freeman no papel de Presidente. E ainda tem Nick Nolte expiando pecados e servindo de âncora para a cura de velhas feridas…tudo em um ritmo incessante, o que faz vale o filme, ou seja, os momentos de suspense e de ação, com todo o aparato da modernidade. Porque em termos de novidades na real linha da história, o filme repete os velhos clichês e quem tem alguma experiência nesse tipo de filme vai adivinhar praticamente o enredo todo. Mas é o tal negócio: cinema não é sempre um exercício intelectual, às vezes servindo meramente de veículo para a diversão sem qualquer compromisso, exceto o da pipoca e o do guaraná.  7,7

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A ODISSEIA DOS TONTOS

Um ótimo filme argentino e que traz o excelente Ricardo Darín em mais uma atuação carismática. Na verdade, todo o elenco é ótimo, incluindo o filho de Darín, Chino. A história não trata de questões de ficção ou heroicas e sim do cotidiano, em que dia após dias pessoas são enganadas, passadas para trás, abusadas em sua boa fé e os espertos e malandros gananciosos saem com o lucro e sem qualquer castigo. O foco, a partir do qual se desenvolve toda a trama, é a crise passada pela Argentina no início da década passada, de modo que aqui, enquanto os caminhos burocráticos ou oficiais demonstram e comprovam sua absoluta inoperância, a solução da “vingança com as próprias mãos” aparece como um caminho palpável e inclusive como talvez a única resposta a determinadas situações e necessidades da vida moderna. Esta comédia transmite algumas mensagens interessantes e sobretudo diverte (e emociona, nas doses certas), com um elenco coeso, um ótimo roteiro, ritmo, edição, tudo funcionando muito bem para formar um todo extremamente agradável e coerente. Foi a maior bilheteria argentina de 2019. 8,7

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SEGREDOS OFICIAIS

Um filme de espionagem, mas que envolve fatos reais, a Agência de Segurança Nacional, a guerra do Iraque, as supostas armas de destruição em massa tão alardeadas e a Lei dos Segredos Oficiais da Inglaterra, cuja violação está longe de ser encarada como um ato de patriotismo…mas pode até ser, porque aparentemente Blair e Bush dependiam da ONU e do Conselho de Segurança para exercitar seu belicismo, mas dispunham de armas políticas para exercer a devida e necessária pressão. Na realidade, parecia aquela situação farsesca, que envolve um final já decidido, mas apenas simulado para terceiros se iludirem: “se você concordar eu entro na guerra, caso contrário eu entro do mesmo jeito”. O filme é dinâmico, tem um roteiro bem estruturado, apresenta uma Keira Knightley madura e em ótima forma e um Ralph Fiennes quase irreconhecível (igualmente ótimo), com a segura direção de Gavin Hood. Mais um bom filme -ótimo ritmo- sobre as verdades e mentiras por detrás do poder, a serviço dos interesses políticos.   8,0

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ADAM

Com ótima fotografia e ambientado em Casablanca, este filme dirigido pela estreante marroquina Maryam Touzani é plácido, sereno e se desenvolve sem sobressaltos, mostrando as dificuldades de uma mãe com filha de 10 anos para sobreviver em um país conservador e os desdobramentos da súbita mudança da rotina, com uma chegada inesperada e que provoca mudanças importantes naquela pequena família. O espectador passa a acompanhar com interesse os acontecimentos, sendo brindado com uma mescla de calor humano, música e culinária, em um meio no qual não parecem existir muitas alternativas de escape. Trata-se de uma cultura bem diferente da nossa, mas ainda assim o filme ressalta os valores universais e sua importância (humanidade), parecendo querer reafirmar a esperança de que esses valores permaneçam sempre como algo a ser desejado e atingido. O filme é daqueles catalogados como cinema “de arte”, lento, sem grandes aparatos, mas profundo em seu enfoque e na mensagem que passa. Poderá agradar apenas um público específico, portanto. De todo modo, foi destaque no último festival de Cannes e escolhido para representar Marrocos entre os concorrentes às cinco vagas de Melhor Filme Estrangeiro do próximo Oscar.8,0

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JOJO RABBIT

A gente fica pensando: indicar um menino de 10 anos para o Globo de Ouro de Melhor Ator, junto com renomados e veteranos atores? Um disparate? Uma insensatez? Mas vendo o filme até que o fato se justifica em parte, pois o garoto Roman Griffin Davis é realmente a alma deste filme, aliás, um filme que sai do lugar comum e traz a originalidade e o sabor de seu estilo (e forma/cores). Aquelas comédias meio non sense, de cenas rápidas, fotografia forte e colorida, personagens que parecem estar em farsa o tempo todo. Clima permanente de humor negro. E o roteiro tem ainda umas “sacadas” ótimas, como o amigo imaginário do menino ser o próprio Fuhrer (interpretado pelo próprio diretor do filme, o neozelandês Taika Waititi, que é também poeta, pintor etc)! A história enfrenta ora com leveza, ora com acidez várias questões da guerra, mas predominam o humor negro e a crítica ácida, a sátira irreverente à Segunda Guerra e principalmente aos nazistas. A partir de certo ponto as cenas passam a ser mais áridas e dramáticas, como se subitamente o personagem saísse de seus sonhos juvenis e de suas crenças patrióticas e fosse jogado de frente para uma realidade crua e cruel. Os absurdos da guerra dominam, como o das crianças participando da guerra como se fossem adultos (enfatizado desde o início), o da perseguição aos judeus (evocada a figura de Anne Frank), mas no final ainda há espaço para o lirismo (a esperança não pode morrer…), em uma delicada cena em meio à nova realidade. Além do citado garoto, que é a dinâmica do filme, atuam no filme, entre outros, Scarlett Johansson e Sam Rockwell.  8,5

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FORD VS FERRARI

Os americanos têm um padrão que serve para um sem número de filmes. Seguindo esse padrão, não tem erro: o filme cairá no gosto do público. São detalhes que vemos se  repetirem cansativamente em dezenas de produções, desde a escolha das músicas (e os momentos para provocar a emoção correta), os closes no rosto dos atores/atrizes (no mínimo um deles famoso, para atrair bilheteria), os conflitos e as cenas familiares sempre iguais, as relações de casamento e também de pai e mãe com os filhos (leia-se família unida) –tudo na hora certa, naturalmente-, as evocações de lealdade e caráter, de superação, de patriotismo, com a bandeira americana tremulando etc. Até a maneira como os atores dizem certas frases é repetida exaustivamente, bem como a expressão facial e os tiques, pois a experiência já sabe o que faz sucesso. É como, por exemplo, aquela cena mais do que manjada, em que “somente ele pode resolver nosso problema” (questão de alta relevância nacional naturalmente), sendo que “ele” no início sempre resiste ao chamado (porque não deseja mais voltar à ativa), mas depois de um charminho acaba aceitando a missão. São estereótipos cansativos para o cinéfilo, não só porque tornam as coisas previsíveis, mas porque manipulam e também porque não retratam a realidade como ela é (principalmente quando se trata de mostrar a superioridade ianque sobre outros países). Esse é o lado negativo de filmes desse tipo e no qual este se inclui e que realmente irritam, remetendo quem gosta de cinema para outras paragens (filmes europeus normalmente). Contudo, o pleno domínio da técnica cinematográfica (que temos que reconhecer) e o interesse de alguns roteiros, acabam colocando os clichês em segundo plano e por muitos momentos ficam esquecidos. No caso deste filme, o interesse acaba se concentrando na história real que é contada – resgatadas com algumas cenas as velhas emoções dos filmes de corrida – e que envolve as disputas automobilísticas e um monopólio que se pretendia quebrar: os italianos da Ferrari eram campeões recorrentes das corridas de carros, inclusive da famosa “24 horas de Le Mans”, prova referência, quando a grande potência que era a Ford (mas não nas corridas) cismou em não apenas fabricar um carro competitivo, mas vencedor. Essa é a atração maior do filme e que emociona, pois passamos a acompanhar passo a passo os preparativos para a fabricação desse carro, os ajustes, os problemas enfrentados, todas as dificuldades e questões técnicas (motor, freios, tanque de combustível, pneus…), para depois “participarmos” da própria corrida -claro que aqui temos que tolerar o “chavão” do piloto certo que de início é recusado pela poderosa empresa…Mas o filme traz várias cenas ótimas e conta em muitos pontos fatos verdadeiros, inclusive quanto ao piloto protagonista. Uma das cenas marcantes é a do “passeio de carro de Mr. Ford II”; outras, são cenas, muito bem feitas e empolgantes, da própria corrida. Também é fato que Christian Bale concorreu no Globo de Ouro como Melhor Ator (e o fato poderá se repetir para o Oscar), o que não ocorreu com seu simpático e sempre eficiente parceiro/ator, Matt Damon. No final, o saldo é positivo e alguns mais aficcionados provavelmente vão adorar o filme.  8,0

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GLOBO DE OURO 2020 – VENCEDORES

 

CINEMA

 

Melhor filme – Drama

  • 1917

 

 

Melhor Filme – Musical ou Comédia

Era uma vez em Hollywood

 

 

Melhor diretor de filmes

 

  • Sam Mendes (“1917”)

 

 

 

Melhor atriz de filme – Drama

 

  • Renée Zellweger (“Judy – Muito Além do Arco-Íris”)

 

 

Melhor ator de filme – Drama

 

  • Joaquin Phoenix (“Coringa”)

 

 

Melhor atriz em filme – Musical ou Comédia

 

  • Awkwafina (“The Farewell”)

 

 

Melhor ator em filme – Musical ou Comédia

 

  • Taron Egerton (“Rocketman”)

 

  

Melhor atriz coadjuvante em filmes

 

  • Laura Dern (“História de um casamento”)

 

 

Melhor ator coadjuvante em filmes

 

  • Brad Pitt (“Era uma Vez em… Hollywood”)

 

 

Melhor roteiro para filme

 

  • Quentin Tarantino (“Era uma Vez em… Hollywood”)

 

 

Melhor filme em língua estrangeira

 

  • “Parasita”

 

 

Melhor animação

 

  • “Link perdido”

 

 

 

Melhor música para filmes

 

  • “(I’m Gonna) Love Me Again” (“Rocketman”)

 

 

Melhor trilha sonora original para filmes

 

  • Hildur Guðnadóttir (“Coringa”)

 

 

 

 

 

TV

 

Melhor série – Drama

 

  • “Succession”

 

 

Melhor série – Musical ou Comédia

 

  • “Fleabag”

 

 

Melhor série limitada ou filme para TV

  • “Chernobyl”

 

 

Melhor ator em série limitada ou filme para TV

 

  • Russell Crowe (“The Loudest Voice”)

 

Melhor atriz em série limitada ou filme para TV

 

  • Michelle Williams (“Fosse/Verdon”)

 

 

Melhor ator coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV

 

  • Stellan Skarsgård (“Chernobyl”)

 

 

Melhor atriz coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV

 

  • Patricia Arquette (“The Act”)

 

 

Melhor ator em série de TV – Musical ou Comédia

 

  • Ramy Youssef (“Ramy”)

 

 

Melhor atriz em série de TV – Musical ou Comédia

 

  • Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”)

 

 

Melhor atriz em série de TV – Drama

 

  • Olivia Colman (“The Crown”)

 

 

Melhor ator em série de TV – Drama

 

  • Brian Cox (“Succession”)

 

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JUDY

Judy Garland, que ficou famosa também por ser mãe de Liza Minelli, ficara mais famosa quanto adolescente (17 anos), por interpretar Dorothy em O mágico de Oz\. Trinta anos depois, como uma espécie de resgate de seu talento, após filhos e quatro casamentos, ela resolve enfrentar o desafio de alguns shows no país que também a amava muito, além dos EUA: a Inglaterra. E o filme é centrado nesse resgate e nesses espetáculos, como tudo o que se relacionou com essas apresentações, incluindo problemas com a guarda dos filhos, novas relações, medicamentos, uma difícil etapa de sua vida e carreira… Trata-se de uma personagem complexa, porque carregou a vida toda vários traumas  que o filme revela (e denuncia) e que ocorreram durante a produção justamente de O mágico de Oz pela MGM, problemas esses todos vinculados e derivados dos atos abomináveis e tirânicos do poderoso dono do estúdio, o famoso e intocável Louis B. Mayer. As marcas permaneceriam pela vida toda da artista e isso o filme deixa absolutamente claro. Vários filmes já foram produzidos a respeito da vida tumultuada de inúmeros artistas, apogeu e decadência, êxtase e agonia etc. Este filme tem, porém, dois diferenciais: primeiro, o seu final é espetacular e extremamente emocionante, seria spoiler revelar o porquê; segundo, a atuação de Renée Zellweger é fabulosa. Tanto, que é séria candidata a ganhar o Globo de Ouro neste dia 5 de janeiro à noite e quase que certamente também será indicada ao Oscar, concorrendo da mesma forma com excelente chance de vitória.  8,7

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WHERE´D YOU GO BERNADETTE

Este filme, dirigido por Richard Linklater (Antes do amanhecer…Boyhood…) e com roteiro adaptado, é meio estranho em todo o seu início. Mas isso ocorre mais em razão da personagem, uma arquiteta. Do modo de se comportar, da casa onde vive com o marido e filha. Mas essa estranheza é que pouco a pouco torna o filme fascinante. E valoriza o excelente trabalho de Cate Blanchett. Quais os limites da sanidade? Até que ponto uma pessoa pode ser excêntrica, exótica, pensar e agir diferente da grande maioria, para ser considerada normal ou louca? Qual a melhor terapia para um pequeno desvio de conduta? Como reconhecer a normalidade, afinal? Um pequeno ingrediente faltante restabelecerá o equilíbrio? A história, que nos provoca de início apenas uma relativa passividade, repentinamente se torna chocante e nos deixa impactados. Quando alguém está acuado e parece inocente, esse fato é realmente assustador. Do meio para o final, contudo, o filme assume novos tons. O drama se transforma em um misto de aventuras. E são inseridos até, em meio a paisagens belas e singulares (embora da Groenlândia e não da Antártida ou Polo Sul), momentos previsíveis, comuns a vários filmes do gênero (aquela “água-com-açúcar” típica das comédias americanas). Mas esses fatos dentro do contexto geral em nada prejudicam ou contaminam o conjunto -talvez até contribuam para o encontro das cores mais adequadas à mensagem pretendida. Porque, afinal, as lições a serem extraídas dizem respeito à adequação, à comunicação e confiança, à união familiar! De todo modo, um filme por certo aspecto bem diferente do trivial e que vai agradar pelo menos a determinada faixa do público. Tem potencial, pela parte final, de agradar inclusive às famílias. E quem se sensibilizar, irá ter uma ótima experiência humana e se emocionar bastante (aliás, a relação mãe-filha é vital nesse contexto).  8,5

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A TABACARIA

Filme baseado em livro, produzido na Áustria e na Alemanha e que se passa a partir de 1937, atravessando a época da Ocupação Nazista em Viena, onde morou por um tempo Sigmund Freud, que é um dos personagens, apreciador de bons charutos. O título do filme diz respeito ao local que será o principal enfoque do enredo, com seu dono perneta, sua clientela diversificada e com todo o ambiente de opressão, que afeta tanto a cidade, quanto os personagens. A paixão pela prostituta, o noviciado na vida sexual e o amadurecimento forçado, a dificuldade das pessoas de bem, de continuarem a morar em um lugar invadido, as desavenças envolvendo os judeus, o símbolo da libertação escondido atrás da porta, o pedaço de vidro e suas referências de sonho e também de liberdade…São várias conotações em um filme sério, bem feito, mas que como defeito tem a sua aridez, sua incapacidade de gerar emoções especiais no espectador: é um filme cru,  bem ao estilo alemão e que deixa os sentimentos estritamente por conta do público em razão do que é visto ou deduzido, fato que às vezes, como aqui, é insuficiente para provocar a devida empatia. Por isso, cumpre seu papel, mas não consegue passar disso e fica como algo distante, embora se perceba claramente o grande potencial que possuía, para emocionar ao nível da grandeza da história que conta.  7,7

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GLOBO DE OURO 2020 (5 de janeiro de 2020, 20h 30min) – CONCORRENTES

CINEMA

 

 

Melhor filme – Drama

 

  • O irlandês
  • História de um casamento
  • 1917
  • Coringa
  • Dois Papas

 

 

Melhor Filme – Musical ou Comédia

 

  • Era um vez em Hollywood
  • Jo Jo Rabbit
  • Entre facas e segredos
  • Rocketman
  • Meu nome é Dolemite

 

 

Melhor diretor de filmes

 

  • Bong Joon-ho (“Parasita”)
  • Sam Mendes (“1917”)
  • Todd Phillips (“Coringa”)
  • Martin Scorsese (“O irlandês”)
  • Quentin Tarantino (“Era uma Vez em… Hollywood”)

 

  

 

 

Melhor atriz de filme – Drama

 

  • Cynthia Erivo (“Harriet”)
  • Scarlett Johansson (“História de um casamento”)
  • Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”)
  • Charlize Theron (“O escândalo”)
  • Renée Zellweger (“Judy – Muito Além do Arco-Íris”)

 

 

Melhor ator de filme – Drama

 

  • Christian Bale (“Ford v Ferrari”)
  • Antonio Banderas (“Dor e Glória”)
  • Adam Driver (“História de um casamento”)
  • Joaquin Phoenix (“Coringa”)
  • Jonathan Pryce (“Dois papas”)

 

 

Melhor atriz em filme – Musical ou Comédia

 

  • Awkwafina (“The Farewell”)
  • Ana de Armas (“Entre facas e segredos”)
  • Cate Blanchett (“Cadê Você, Bernadette?”)
  • Beanie Feldstein (“Fora de série”)
  • Emma Thompson (“Late Night”)

 

 

Melhor ator em filme – Musical ou Comédia

 

  • Daniel Craig (“Entre facas e segredos”)
  • Roman Griffin Davis (“Jojo Rabbit”)
  • Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em… Hollywood”)
  • Taron Egerton (“Rocketman”)
  • Eddie Murphy (“Meu nome é Dolemite”)

 

 

Melhor atriz coadjuvante em filmes

 

  • Kathy Bates (“Richard Jewell”)
  • Annette Bening (“O relatório”)
  • Laura Dern (“História de um casamento”)
  • Jennifer Lopez (“As golpistas”)
  • Margot Robbie (“O escândalo”)

 

 

Melhor ator coadjuvante em filmes

 

  • Tom Hanks (“Um lindo dia na vizinhança”)
  • Anthony Hopkins (“Dois papas”)
  • Al Pacino (“O irlandês”)
  • Joe Pesci (“O irlandês”)
  • Brad Pitt (“Era uma Vez em… Hollywood”)

 

 

Melhor roteiro para filme

 

  • Noah Baumbach (“História de um casamento”)
  • Bong Joon-ho and Han Jin-won (“Parasita”)
  • Anthony McCarten (“Dois papas”)
  • Quentin Tarantino (“Era uma Vez em… Hollywood”)
  • Steven Zaillian (“O irlandês”)

 

 

Melhor filme em língua estrangeira

 

  • “The Farewell”
  • “Dor e Glória”
  • “Retrato de uma Jovem em Chamas”
  • “Parasita”
  • “Les Misérables”

 

 

Melhor animação

 

  • “Frozen 2”
  • “Como treinar seu dragão 3”
  • “Link perdido”
  • “Toy Story 4”
  • “O rei leão”

 

 

Melhor música para filmes

 

  • “Beautiful Ghosts” (“Cats”)
  • “(I’m Gonna) Love Me Again” (“Rocketman”)
  • “Into the Unknown” (“Frozen 2”)
  • “Spirit” (“O rei leão”)
  • “Stand Up” (“Harriet”)

 

 

Melhor trilha sonora original para filmes

 

  • Daniel Pemberton (“Brooklyn – Sem Pai Nem Mãe”)
  • Alexandre Desplat (“Adoráveis Mulheres”)
  • Hildur Guðnadóttir (“Coringa”)
  • Thomas Newman (“1917”)
  • Randy Newman (“História de um casamento”)

 

 

 

 

TV

 

Melhor série – Drama

 

  • “Big Little Lies”
  • “The Crown”
  • “Killing Eve”
  • “The Morning Show”
  • “Succession”

 

 

Melhor série – Musical ou Comédia

 

  • “Barry”
  • “Fleabag”
  • “The Kominsky Method”
  • “The Marvelous Mrs. Maisel”
  • “The Politician”

 

 

Melhor série limitada ou filme para TV

 

  • “Catch-22″
  • “Chernobyl”
  • “Fosse/Verdon”
  • “The Loudest Voice”
  • “Inacreditável”

 

 

Melhor ator em série limitada ou filme para TV

 

  • Christopher Abbott (“Catch-22”)
  • Sacha Baron Cohen (“The Spy”)
  • Russell Crowe (“The Loudest Voice”)
  • Jared Harris (“Chernobyl”)
  • Sam Rockwell (“Fosse/Verdon”)

Melhor atriz em série limitada ou filme para TV

 

  • Kaitlyn Dever (“Inacreditável”)
  • Joey King (“The Act”)
  • Helen Mirren (“Catarina, a Grande”)
  • Merritt Wever (“Unbelievable”)
  • Michelle Williams (“Fosse/Verdon”)

 

 

Melhor ator coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV

 

  • Alan Arkin (“O Método Kominsky”)
  • Kieran Culkin (“Succession”)
  • Andrew Scott (“Fleabag”)
  • Stellan Skarsgård (“Chernobyl”)
  • Henry Winkler (“Barry”)

 

 

Melhor atriz coadjuvante em série, série limitada ou filme para TV

 

  • Patricia Arquette (“The Act”)
  • Helena Bonham Carter (“The Crown”)
  • Toni Collette (“Inacreditável”)
  • Meryl Streep (“Big Little Lies”)
  • Emily Watson (“Chernobyl”)

 

 

Melhor ator em série de TV – Musical ou Comédia

 

  • Michael Douglas (“O Método Kominsky”)
  • Bill Hader (“Barry”)
  • Ben Platt (“The Politician”)
  • Paul Rudd (“Cara x Cara”)
  • Ramy Youssef (“Ramy”)

 

Melhor atriz em série de TV – Musical ou Comédia

 

  • Christina Applegate (“Dead to Me”)
  • Rachel Brosnahan (“The Marvelous Mrs. Maisel”)
  • Kirsten Dunst (“On Becoming a God in Central Florida”)
  • Natasha Lyonne (“Boneca Russa”)
  • Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”)

 

 

Melhor atriz em série de TV – Drama

 

  • Jennifer Aniston (“The Morning Show”)
  • Olivia Colman (“The Crown”)
  • Jodie Comer (“Killing Eve”)
  • Nicole Kidman (“Big Little Lies”)
  • Reese Witherspoon (“Big Little Lies”)

 

 

Melhor ator em série de TV – Drama

 

  • Brian Cox (“Succession”)
  • Kit Harington (“Game of Thrones”)
  • Rami Malek (“Mr. Robot”)
  • Tobias Menzies (“The Crown”)
  • Billy Porter (“Pose”)

 

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OS MELHORES FILMES DE 2019 (pelas notas atribuídas no blog)

CORINGA – 9,8

MONSIEUR ET MADAME ADELMAN– 9,8

YESTERDAY – 9,5

O SOL É PARA TODOS –9,5

LUGAR NENHUM NA ÁFRICA –9,5

THE PROFESSOR AND THE MADMAN (O GÊNIO E O LOUCO) – 9,5

CORPO FECHADO – 9,4

VIDRO –9,4

EL REINO –9,3

DEADWOOD (O FILME) – 9,2

O MISTÉRIO DE HENRI PICK – 9,2

TEMPESTADE DE GELO – 9,2

A seguir, todos os filmes com a nota 9,0:

ABGESCHNITTEN, LUCE, EM GUERRE, ALLADIN, A CORTE, ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO, CLARA, NUNCA DEIXE DE LEMBRAR (NEVER LOOK AWAY), DURANTE A TORMENTA, A REVOLUÇÃO SILENCIOSA, A.I. RISING, FREE SOLO, GUERRA FRIA, MINHA VIDA EM MARTE, GREEN BOOK, THE SISTERS BROTHERS, TODOS LO SABEM.

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DURANTE A TORMENTA

O cinema espanhol é atualmente um dos melhores do mundo. Possui profissionais de grande qualidade em todos os setores. E uma visão/interpretação diferenciada dos fatos, que se percebe claramente quando são vistos transportados para a tela. Seja em dramas corriqueiros, policiais, romances, aventuras ou mesmo ficção, os espanhóis possuem uma maneira própria e peculiar de contar histórias. E essa forma é realmente muito atraente. Porque conseguem ao mesmo tempo imprimir ritmo e qualidade na ação, assim como impregná-la de um sentimentalismo, lirismo e cultura todo típico e que provoca atração e interesse. Talvez só no cinema argentino, constante parceiro, é que haja algo semelhante. Aqui se trata de um drama, que aparenta ser comum, embora de intensidade carregada por uma boa porção de mistério e suspense. Entretanto, o roteiro está muito longe disso, rumando para caminhos totalmente imprevisíveis e que além de transformar em ficção científica o que parecia trivial, desafia a atenção, a argúcia e a inteligência do espectador ao propor situações inesperadas e complexas e que podem dar um verdadeiro nó na cabeça na maioria das pessoas, que ao final não conseguirão explicar todos os detalhes da trama. O diretor é o excelente Oriol Paulo, de Os olhos de Júlia, Sequestro, O corpo, Um contratempo. E o ótimo elenco apresenta, entre outros, Adriana Ugarte (Julieta), Álvaro Morte (o Professor em La casa de papel) e Francesc Orella (o Merlí, da famosa série), todos excelentes. Um belo e instigante filme. 9,0

OBSERVAÇÃO – por equívoco este filme deixou de ser postado em 2019

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HEBE

Primeiro: Hebe Camargo foi um mito na televisão do Brasil, sendo considerada a maior e mais carismática apresentadora que o país já teve. Sem concorrentes, inclusive no tocante aos acessórios marcantes que usava (destaque para os brincos) e às pequenas exigências típicas das divas (que deixavam malucos os assessores em volta). Segundo: todos sabem que ela, além de muito humana, era uma pessoa determinada e de muita personalidade, mas não dá pra avaliar até que ponto o filme é biográfico e a partir de que limite é fantasioso, não só nas condutas firmes e politizadas da artista -foco principal do filme, como uma musa permanentemente em campanha e protesto contra a corrupção, a favor das minorias, falando mal de congressistas, da censura etc-, mas também em sua vida pessoal, principalmente no que respeita ao casamento difícil (marido constantemente bêbado e de índole violenta, o segundo). O filme também sugere ter havido algo de concreto entre ela e Roberto Carlos, sendo certo apenas que um era apaixonado pelo outro, como pessoa e profissional, não se tendo certeza de um envolvimento mais íntimo. Assim como mostra Hebe como uma habituée das bebidas alcoólicas, principalmente uísque, embora haja relatos de amigos próximos de que esse tipo de bebida não era de seu costume nem de sua predileção. Terceiro: seja como for, o filme é muito bem feito e produzido –inclusive nas cenas dos programas e do auditório-, emociona e Andrea Beltrão tem uma atuação impecável e digna de prêmios. Só por ela e por alguns momentos revividos dessa importante figura da TV, o filme já vale a pena. O diretor é o marido da atriz, Maurício Farias (O coronel e o lobisomem, A grande família: o filme).   8,6

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UM DIA DE CHUVA EM NOVA IORQUE

Já dizia alguém que um filme razoável do Woody Allen é um filme acima da média, comparado com os demais. Acho que no fundo isso é verdade, porque no mínimo veremos nos filmes desse diretor uma grande preocupação com a qualidade técnica (a partir do belo cartaz) e um roteiro impregnado de filosofias do cotidiano, inteligente e interpretado por ótimos atores e atrizes. Realmente, desde a apresentação já retomamos contato com o estilo de Woody, de fazer desfilar de forma elegante o nome de todos os integrantes do filme, com excelente trilha sonora (geralmente jazz, blues…), músicas antigas e clássicas, introduzindo a primeira cena com a qualidade fotográfica de sempre e levando sempre à curiosidade sobre o enredo. A qual, neste caso, redundará em certa decepção. Não por culpa do elenco, composto por Jude Law, Diego Luna e Selena Gomez, além dos protagonistas Elle Fanning (Woody é mestre em aproveitar o momento de atrizes em ascensão) e Timothée Chalamet (que fez um estrondoso sucesso ano retrasado com Me chame pelo seu nome). Ele, por sinal, é mais um a desempenhar o alter ego do diretor, fato que tem ocorrido quando Woody não atua (mas é praticamente a mesma coisa…). O problema aqui é que o roteiro não leva para lugar nenhum, não traz novidade alguma, não nos leva a especiais reflexões, sejam intelectuais, sejam poéticas. Nada acrescenta e até aborrece em muitos momentos. O filme é apenas uma reafirmação de outros, muito melhores, e serve apenas para que o diretor cumpra a suposta obrigação de produzir um filme por ano, porém sem qualquer significado maior. Achei francamente decepcionante e vazio (até mesmo algumas interpretações), embora haja muitas pessoas que gostaram do filme, em nome das quais, aliás, ele está aqui incluído (embora com a nota mínima exigida).  7,5