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A TABACARIA

Filme baseado em livro, produzido na Áustria e na Alemanha e que se passa a partir de 1937, atravessando a época da Ocupação Nazista em Viena, onde morou por um tempo Sigmund Freud, que é um dos personagens, apreciador de bons charutos. O título do filme diz respeito ao local que será o principal enfoque do enredo, com seu dono perneta, sua clientela diversificada e com todo o ambiente de opressão, que afeta tanto a cidade, quanto os personagens. A paixão pela prostituta, o noviciado na vida sexual e o amadurecimento forçado, a dificuldade das pessoas de bem, de continuarem a morar em um lugar invadido, as desavenças envolvendo os judeus, o símbolo da libertação escondido atrás da porta, o pedaço de vidro e suas referências de sonho e também de liberdade…São várias conotações em um filme sério, bem feito, mas que como defeito tem a sua aridez, sua incapacidade de gerar emoções especiais no espectador: é um filme cru,  bem ao estilo alemão e que deixa os sentimentos estritamente por conta do público em razão do que é visto ou deduzido, fato que às vezes, como aqui, é insuficiente para provocar a devida empatia. Por isso, cumpre seu papel, mas não consegue passar disso e fica como algo distante, embora se perceba claramente o grande potencial que possuía, para emocionar ao nível da grandeza da história que conta.  7,7