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IDA

idaUm filme interessante, surpreendente até, e que nos mantém o tempo todo ligados, inclusive pela óbvia diferença em face do cinema comercial americano. Cinema Polonês de qualidade! Duas pessoas contrastantes (uma relação perdida e retomada) em busca de um passado, da época da Alemanha nazista. Uma delas uma freira, prestes a fazer seus votos em um convento da Polônia católica. A outra a tia, politizada, culta, ex-magistrada e polêmica executora da justiça. Não será certamente fácil confrontar o passado e principalmente a verdade. Procurar o local onde sua família judia foi morta e enterrada na época da segunda guerra… Mas como é importante todos termos origem e ir em busca dela!!! Além do roteiro, o filme é valorizado pelas excelentes interpretações e pela bela fotografia em preto e branco, derivando também por outras questões, notadamente envolvendo o destino religioso da personagem principal. Mas é um filme árido, seco, cru, praticamente sem trilha sonora e trazendo sua eloquência justamente no silêncio e nas reticências. Para os desavisados: estilo “filme de arte”, filme de Globo de Ouro (indicado inclusive para a premiação na cerimônia de 11.01.15), nada convencional como entretenimento. Alimento perfeito para os apreciadores de “cult”, mas o fato é que a mensagem final é de que, a par da importância do passado, o presente exige que cada um defina com honestidade os seus caminhos e a sua verdadeira vocação, sob pena de nunca se alcançar a felicidade (e aqui, a música terá importância fundamental). Temática, portanto, universal! E ela valoriza esse conflito e essa decisão, a gente vendo e não sabendo bem qual vai ser, afinal, a decisão, qual será o destino, seguido nas últimas cenas de forma segura, resoluta, irreversível. Palpite bom para ganhar o primeiro prêmio!  8,5