Existem nas pessoas sentimentos difíceis de explicar, meio ancestrais, meio de infinitude, de pequenez diante da vastidão do mistério, um deja vu, um desejo e crer em magia, de pequenos milagres e do impossível podendo se tornar subitamente possível, um emaranhado de paradoxos envolvendo espaço e tempo…De todo modo, alguns filmes trazem um tipo de fantasia que mexe com essa gama de sentimentos. E se viajarmos com ela, teremos emoções e sensações bastante acentuadas. E ainda, de quebra, neste caso, alguns temas interessantes para debate após o seu final. Este filme ficou muito famoso na sua época, 1980, e tem sido visto e revisto ao longo dos anos pelas mais variadas gerações. Sua fama deve-se, claro, ao gênero, ao fato de ter sido bem produzido, ao conjunto harmônico de seus elementos, mas em primeiro lugar à fama de seu protagonista, porque o galã Christopher Reeve era simplesmente o Superman do cinema, tendo dois anos antes feito o primeiro e muito bem sucedido filme, naquele mesmo ano de 1980 Superman II e anos depois fazendo o terceiro e mais tarde o quarto filmes da série. E em segundo lugar, sem dúvidas o sucesso deve ser creditado também à trilha sonora e à música título, simplesmente arrebatadoras, de autoria do mesmo John Barry que compôs a trilha sonora de diversos filmes de James Bond e que passou a ser identificado pelo estilo próprio de arranjo e orquestração, o qual também utilizou em diversos outros filmes, como em Entre dois amores e em Dança com lobos, anos depois). Temos também no filme a bela presença de Jane Seymour (garota 007 alguns anos antes) e do ótimo e veterano ator Christopher Plummer. É um romance com fantasia (ficção), que embala o espectador em emoções sucessivas (com pitadas de humor fazendo um contraponto), por força da atração da sua temática e pela maravilhosa música, sendo daqueles filmes para os quais se pode dizer que “a música é tudo”! Tanto, que essa belíssima trilha ficou para sempre e com ela o filme permanentemente vinculado. Para quem gosta de obras românticas, um filme inesquecível. Intenso e apaixonante. E quem viu, jamais se esquecerá da sempre arrepiante frase “Come back to me”! 9,0