AS AVENTURAS DE ROBIN HOOD

Como todos sabem, o lendário herói mítico inglês, hábil com o arco e flecha, com fama de malfeitor, que “roubava os ricos para dar aos pobres” e habitava a Floresta de Sherwood (com amigos como Frei Tuck e João Pequeno), viveu na época de Ricardo Coração-de-leão no século 12. E dos inúmeros filmes feitos sobre ele, do gênero conhecido como “capa e espada”, este é certamente um dos melhores, porque surpreendentemente até os tempos de hoje ainda guarda suas virtudes, entrer elas a vitalidade de seu roteiro e de seu protagonista, o ator Errol Flynn. Aliás, esta obra de 1938 representou um marco para a carreira dele, bem como da “mocinha” Marian, vivida pela excelente atriz Olívia de Havilland (ambos tendo uma sólida carreira cinematográfica), graças à interpretação de ambos. O filme também traz inúmeras qualidades, relacionadas com a sua fotografia (em belo colorido), com a direção de arte, o ritmo, a edição, a trilha sonora e a direção. O diretor, que faz aqui um trabalho sólido e coeso, foi o versátil Michael Curtiz, que já havia dirigido Flynn em Capitão Blood, em 1936 e que no mesmo ano de 1938 concorreu ao Oscar pela direção de Quatro irmãs. Dali a quatro anos, Curtiz dirigiria um dos maiores filmes da história do cinema: Casablanca. Mas Robin Hood é um grande filme de aventuras, um exemplar e empolgante entretenimento e com mérito ganhou os Oscars de Melhor Edição, Direção de Arte e Trilha sonora, tendo concorrido também ao de Melhor filme. 8,7