FRANGO COM AMEIXAS (POULET AUX PRUNES)
Desde a adolescência sou fã dos franceses, de tudo o que se relaciona com a língua francesa, com a cultura francesa, com o modo de vida francês, com poucas exceções. Adoro o sotaque, a própria língua, sensual e diferente, sua sonoridade, a literatura, a história, as músicas, de Silvie Vartan a Lara Fabien, Capri C´est Fini, A Marselhesa (o hino francês)… os princípios de igualdade, liberdade, fraternidade, o vinho, a capa de chuva de gabardini de Alain Delon, Notre Dame, Torre Eiffel, o Sena, os cafés…Paris é um monumento vivo, em cada ângulo uma obra de arte…enfim…E que prazer o cinema francês. O bom cinema francês. Original por excelência. Que prazer sensorial ver um daqueles filmes que diferem totalmente da nossa rotina (com a mágica de Amèlie Poulin e outros), que misturam drama com comédia, que nos levam por caminhos poéticos e surreais para mundos onde, no final das contas, o que perdura na memória e o que fica é o amor e a beleza, com pinceladas de música e de fantasia, que é seu tom principal. Neste caso, os realizadores são os mesmos de “Persópolis”: a autora do HQ, Marjane Satrapi (que diz ser a história baseada em fatos reais), escritora, ilustradora, desenhista etc. é um talento, que se somou ao de Vincent Paronnaud. O filme, de 2011, se passa em 1958 e é protagonizado por Mathieu Amauric, com a participação de Maria de Medeiros, Isabella Rossellini e outros. Simplesmente original e delicioso. 9,0