ÁGUIAS EM DUELO (VON RICHTHOFEN AND BROWN)
O uso de aviões de guerra foi algo pioneiro na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e essa invenção passou a ser a partir de então aperfeiçoada como uma das mais importantes dentro das estratégias bélicas. Na época era algo experimental e esse fato apenas valoriza ainda mais os pilotos da época e seus feitos. No cinema moderno são raros os filmes que tratam das batalhas aéreas de tal época, quando ingleses, franceses, americanos e canadenses duelavam nos ares contra as forças das esquadrilhas alemãs, em batalhas épicas e também em guerrilhas táticas (embora tudo incipiente na ocasião), inclusive com bombardeios nas bases de abastecimento do inimigo. Este filme, produzido em 1971 e dirigido por Roger Corman foi um dos que enfocaram esses fatos e o fizeram de uma forma bastante eloquente, tendo esse diretor dado aqui ao cinema belas cenas nos ares povoados de esquadrilhas em confronto: Corman, que também era também produtor e roteirista, foi considerado especialista nos chamados filme “B” e era absolutamente eclético, porque dirigiu tanto “Rock all night” (de 1957), como “A pequena loja dos horrores” (de 1960, com Jack Nicholson), “O poço e o pêndulo” (de 1961, com Vincent Price), “O massacre de Chicago” (de 1967, com Jason Robards) e muitos outros bem menos qualificados (filmes de monstros, seres do espaço etc). Mas essa diversidade só o valorizou, porque seus filmes eram realmente movimentados e ficaram sedimentados como muito trabalhados e desenvolvidos. A exemplo deste filme, que conta facetas históricas da Primeira Guerra, tendo como alvo principal o mais famoso dos ases da aviação bélica: Mandred Von Richthofen, piloto alemão que abateu 80 aviões inimigos e que ficou conhecido como “Barão Vermelho” entre seus pares e também entre seus inimigos. O título do filme cita seu nome juntamente com o de seu maior inimigo: o também emérito piloto canadense, Roy Brown. 8,8