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Este é um filme forte (com tons de comédia, porém), com excelente roteiro, realmente muito bem feito, mas que não é para todos os gostos porque aborda essencialmente assuntos políticos envolvendo os EUA – inclusive política de guerra, com cenas reais e de grande impacto, notadamente nas campanhas do Afeganistão e do Iraque. O tema pode ser aborrecido para alguns, mas a verdade é que o filme apresenta muitas cenas e temas interessantes, diversos fatos inéditos e traz de mais original o aspecto de que um vice presidente americano, de quem poucos ouviram falar, teve uma importância vital para o governo e para o mundo (pela consequência dos atos que autorizou pessoalmente ou se utilizando de um presidente dependente e com nenhum poder de comando – um fantoche, George W. Bush). Impressionante a figura de Dick Cheney, composta em mais um trabalho memorável do ator Christian Bale, com um igualmente marcante trabalho de maquiagem. O diretor é Adam McKay e esse drama biográfico também conta com ótimas performances, entre outros de Amy Adams (atriz realmente de destaque em cada papel que desempenha), Sam Rockwell (ótimo como George W. Bush) e Steve Carell (ator que tem enfrentado desafios em variados papéis). Há relatos no filme que são simplesmente inacreditáveis, como se fosse aberta uma caixa preta mostrando os bastidores da política americana, em que são permitidas e praticados atos muito além da ética e dos tratados. Concorre ao Oscar nas categorias Filme, Ator, Diretor, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original, Edição e Maquiagem. 8,3