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ALL THE WAY

117232.jpg-c_215_290_x-f_jpg-q_x-xxyxxMuitos filmes já foram feitos envolvendo a morte de John F. Kennedy e a vida e a obra de Martin Luther King Jr., prêmio Nobel da Paz…mas parece que nenhum antes abordou os tempos que se seguiram imediatamente após a morte do Presidente, quando foi sucedido por Lyndon Johnson, que inclusive concorreu na eleição seguinte ao governo norte americano. Naturalmente os tempos já eram graves, porque convulsionados pelos movimentos negros, que até então sequer tinham direito a voto. E se tornaram mais conturbados ainda com o assassinato do presidente e as crises do governo, embaladas pelas costumeiras disputadas dos partidos republicano, democrata e liberal…E por fatos graves das disputas raciais, tendo como palco inclusive o célebre Estado do Mississipi: e justamente a discriminação racial era o objeto de uma lei pronta para ser votada e que iria justamente regulamentar os chamados direitos humanos. Baseado em fatos reais (que nos brindam com fotografias da época, ao longo do filme e nos créditos finais), o filme é extremamente cuidadoso na composição dos fatos e dos personagens – inclusive recomposição de época -, dirigido com muita competência por Jay Roach (Trumbo) e interpretado magnificamente pelo fabuloso Bryan Cranston (Breaking bad). Tem também o veterano e carismático Frank Langella, entre outros bons atores e atrizes. Aqui, o personagem central mostra o quanto a política pode ser sórdida e em tese tem que ser também flexível –, até mesmo por vezes deixando de se distanciar tanto do caminho que nunca deveria ter deixado de seguir.  8,2