LA FRENCH (THE CONECTION)
 Filme policial francês com Jean Dujardin (O artista), que interpreta um juiz que investiga a criminalidade organizada de Marselha dos anos 70/80 (passando pela eleição de François Miterrand), especificamente envolvendo o tráfico de drogas local e as conexões, inclusive com os EUA, razão do título do filme (conexão francesa ou french conection). Embora alguns velhos clichês, como os da dificuldade/impotência de lutar contra o sistema (e do herói solitário…), dos reflexos do trabalho do policial na família (o juiz, na França, tem um papel bastante ativo nas investigações e operações criminais) e assim por diante, o filme é bem construído (inclusive quanto à trilha sonora) e tem vários méritos, com ótimo andamento e o aprofundamento do lado psicológico de alguns personagens, fazendo surgir a sempre importante indagação, a respeito das dificuldades de se combater o crime organizado, quanto é de amplitude tal, que, além de amedrontar, corrompe até a própria polícia. O elenco é ótimo, com destaque também para o “bandidão” (Gilles Lellouch), que realmente tem um desempenho que assusta e cria tensão só com o olhar e o gestual. Há algumas ótimas cenas e no final, após o criminoso preso dizer que existe ainda algo a ser feito, somos de repente tomados pela apreensão e a angústia, pensando sobre se há sempre um preço a pagar e até lembrando dos filmes antigos de Alain Delon. Efetivamente, muito da força do filme está no seu modo de contar a história, em outras palavras, no fato de se tratar de cinema francês, com larga experiência no gênero policial.  8,4
Filme policial francês com Jean Dujardin (O artista), que interpreta um juiz que investiga a criminalidade organizada de Marselha dos anos 70/80 (passando pela eleição de François Miterrand), especificamente envolvendo o tráfico de drogas local e as conexões, inclusive com os EUA, razão do título do filme (conexão francesa ou french conection). Embora alguns velhos clichês, como os da dificuldade/impotência de lutar contra o sistema (e do herói solitário…), dos reflexos do trabalho do policial na família (o juiz, na França, tem um papel bastante ativo nas investigações e operações criminais) e assim por diante, o filme é bem construído (inclusive quanto à trilha sonora) e tem vários méritos, com ótimo andamento e o aprofundamento do lado psicológico de alguns personagens, fazendo surgir a sempre importante indagação, a respeito das dificuldades de se combater o crime organizado, quanto é de amplitude tal, que, além de amedrontar, corrompe até a própria polícia. O elenco é ótimo, com destaque também para o “bandidão” (Gilles Lellouch), que realmente tem um desempenho que assusta e cria tensão só com o olhar e o gestual. Há algumas ótimas cenas e no final, após o criminoso preso dizer que existe ainda algo a ser feito, somos de repente tomados pela apreensão e a angústia, pensando sobre se há sempre um preço a pagar e até lembrando dos filmes antigos de Alain Delon. Efetivamente, muito da força do filme está no seu modo de contar a história, em outras palavras, no fato de se tratar de cinema francês, com larga experiência no gênero policial.  8,4
